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João Paulo II: o apóstolo da vida

Luís Filipe Santos
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“Tem sido a corporização do respeito e do amor pela vida que a Igreja sempre teve” – disse à Agência ECCLESIA Walter Osswald, Director do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa (UCP), em relação a João Paulo II e às suas posições na defesa da vida. E acentua: “ele não se afastou um centímetro da linha da Igreja”. O grande mérito de João Paulo está na “cristalização dessa doutrina da Igreja numa forma acessível a toda a gente” – referiu. Este docente, foi um dos intervenientes do colóquio “A Igreja Católica e o Mundo Contemporâneo”, realizado na UCP, dia 26 de Março, disse que a posição de João Paulo II “é muito lógica” apesar de “não convir a muita gente”. Algumas pessoas fazem uma dicotomia “entre o útil e aquilo que lhes põe problemas de natureza moral e política, como é o caso do aborto”. No debate sobre o aborto ouve-se “sempre falar das mulheres” mas os “nascituros são esquecidos”. Este discurso é intencional para “obliterar que nesta discussão também há terceiros (fetos, embriões ou filhos)”. E avança: “convém, na opinião pública, dar a ideia que se trata de direitos de mulheres”. Nestes 25 anos de pontificado, Walter Osswald destaca dois momentos: “o momento do atentado na Praça de S. Pedro visto que esteve em contacto com a fragilidade da vida” e “a queda do muro de Berlim e a consequente derrocada dos regimes de leste”.


João Paulo II - 25 Anos