JOC resiste apesar das dificuldades Octávio Carmo 22 de Agosto de 2007, às 17:17 ... Movimento procura caminhos para ultrapassar as dificuldades financeiras e alargar horizontes na sua acção A Juventude Operária Católica (JOC), movimento da Acção Católica no nosso paÃs, procura caminhos para ultrapassar as dificuldades financeiras actualmente enfrentadas e alargar as suas fronteiras, chegando a pessoas e insitiuições que se encontram para lá do âmbito eclesial. Para além das cotas dos militantes, das campanhas financeiras que as dioceses desenvolvem no sentido de angariar fundos e da venda da revista do movimento, a JOC conta com algum apoio da hierarquia da Igreja, com o apoio pontual de organismos públicos, nomeadamente Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia e ainda com o apoio anual do IPJ – Instituto Português da Juventude. Contudo, este ano o apoio do IPJ falhou devido à nova legislação e à reestruturação do Plano de Apoio ao Associativismo Juvenil e, por outro lado, o apoio por parte da hierarquia da Igreja é, em algumas dioceses, considerado pelo movimento como "muito baixo ou até inexistente", nomeadamente em dioceses onde a JOC existe e desenvolve um trabalho efectivo e contÃnuo há vários anos. Esta conjuntura contribuiu para que a JOC enfrentasse uma situação financeira bastante complicada, que chegou a colocar em risco a continuidade do trabalho do movimento. Neste contexto, decorreu a XVII Assembleia Nacional do movimento, de 10 a 12 de Agosto, procurando redefinir prioridades para o próximo triénio. Em declarações à Agência ECCLESIA, a Coordenadora Nacional cessante, Maria das Neves Jesus, assegura que neste momento "existe dinheiro" para continuar o trabalho, fruto da solidariedade de "militantes e amigos", para além do apoio da Pastoral Operária, mas algumas mudanças serão necessárias. Os chamados "dirigentes livres" - jovens que deixaram o seu trabalho ou estudo para se dedicaram exclusivamente ao serviço do movimento - passarão de cinco para três, tentando minimizar um encargo mensal "muito grande", a que se soma o salário de uma colaboradora no secretariado nacional. Realidade laboral Nos próximos tempos, a JOC promete estar atenta à s realidades do trabalho temporário, à s dificuldades de integração no mercado de trabalho, à questão do endividamento e à falta de associativismo. Maria das Neves Jesus sublinha a "riqueza que cada militante tem" e que deve colocar ao serviço dos outros". Como linha de orientação fundamental ficou a intenção de ter uma JOC "mais aberta", procurando chegar a mais jovens, mesmo que não sejam militantes. Esta "viragem para fora" passa por acolher e estar junto dos jovens, mesmo numa "acção missionária" mais forte. Do contacto com a JOC francesa nasceu a vontade de concretizar entre nós uma experiência que já ali existe: espaços de acolhimento a jovens trabalhadores, onde eles se podem divertir e, ao mesmo tempo, encontrar informação sobre o mundo laboral, em parceria com outras organizações. Outra aposta passa pela formação dos membros do movimento, em especial no que diz respeito à s novas questões laborais, âmbito onde falta muita informação aos jovens. "As leis estão constantemente a mudar e nós, militantes, temos de estar preparados para responder a quem nos coloca qualquer questão", indica a Coordenadora Nacional cessante da JOC. JOC Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...