Lei do Aborto excede pergunta do referendo Diário do Minho 18 de Junho de 2007, às 10:42 ... João César das Neves chamou a atenção para a regulamentação da Lei do Aborto, afirmando que o que se está a pretender é a liberalização, banalização e, em certos casos, a nacionalização da interrupção voluntária da gravidez, quando o referendo tratava apenas da despenalização. economista falava este sábado, na I Convenção Minhota pela Vida e pela FamÃlia, organizada pela Associação "In Familia", que iniciou a sua actividade, em Braga. «Temos de lutar contra isto. Isto significa lutar institucionalmente e nós já estamos bem organizados nesse campo com pessoas que estão a tratar deste assunto em termos jurÃdicos, junto dos deputados na Assembleia da República e em termos polÃticos, junto dos partidos», disse. O economista fez ainda questão de realçar que é necessário estar preparado para outras lutas, realçando que, a curto prazo, esperam-se novos ataques à famÃlia, uma vez que a vitória do sim aumentou o seu Ãmpeto para outras frentes. Por outro lado, João César das Neves salientou também a importância de se demonstrar, em termos pragmáticos, que os defensores do não têm razão. «O mais importante é aquilo que se faz nas organizações pró-vida que lidam com a realidade do drama do aborto, que foi mitificado pelos nossos adversários », disse. Na sua opinião, é preciso ainda acompanhar as novidades que a derrota trouxe, nomeadamente a explosão do aborto, os problemas que vão surgir dentro das unidades de saúde e os lucros do aborto, com a actuação das multinacionais espanholas. No final desta intervenção seguiu-se o primeiro painel da convenção sobre “FamÃlia, Vida e Responsabilidade Socialâ€. Alexandra Teté, da Associação Mulheres em Acção defendeu que, actualmente, há uma tendência para uma sociedade muito egoÃsta. Na sua opinião, o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez veio trazer um crescimento de associações em defesa pela vida e prontas a doarem-se. Para Alexandra Teté, a pior coisa que se pode fazer a uma mulher é destruir a famÃlia e, no seu entender, «é para aà que caminhamos». «Temos de sentir a responsabilidade daquilo que estão a fazer à s nossas famÃlias», sustentou, realçando ainda que as mulheres têm um papel muito importante na defesa dos valores. Isilda Pegado, da Federação Portuguesa pela Vida, considerou, por sua vez, que o referendo sobre o aborto é um marco negativo na nossa história, com várias implicações, salientando que, «o que é relevante é o acto que deixou de ser crime para passar a ser um direito». Agora, disse, é o momento de perguntar como sair desta situação. Segundo explicou, a Federação Portuguesa pela Vida vai a curto prazo trazer a público três grandes temas. O primeiro é o da maternidade. «É necessário recuperar o valor da maternidade», disse, revelando que a Federação vai realizar em Novembro o congresso “Maternidade. Que futuro?â€. Outro tema a desenvolver é a promoção de um olhar sobre as polÃticas públicas e para o que dizem sobre a famÃlia. Por fim, o terceiro tema a desenvolver é a defesa de uma intervenção mais activa nas polÃticas por parte dos cidadãos. A última intervenção neste painel pertenceu a Fátima Fonseca, do CENOFA que trouxe alguns dados de um relatório, onde se afirma que, na Europa há uma criança abortada em cada 25 segundos e um divórcio em cada 30 segundos. No seu entender, «há que arregaçar as mangas e trabalhar». A sociedade civil permite a intervenção das associações e, por isso, «há lugar para todos trabalharem », salientou. O segundo painel abordou “A famÃlia e a Vida na Comunicação Socialâ€. A jornalista Graça Franco lembrou que na “vidaâ€, a novidade não é frequente e, por isso, é difÃcil trazê-la na agenda mediática. No entanto, sublinhou a vida pode ser notÃcia se houver actores dispostos em manter a problemática activa. No entender de Graça Franco, os meios de comunicação social que desprezam a 3.ª Idade e valorizam a juventude estão a fazer pior à famÃlia do que as notÃcias. João César das Neves, que voltou a intervir neste painel, apenas salientou que, neste momento, há imensas oportunidades na comunicação social que as associações próvida não estão a aproveitar. «Todos os elementos estão do nosso lado», sustentou. Por fim Paulo Núncio, da Plataforma Não Obrigada, apresentou a experiência da campanha eleitoral para o referendo sobre o aborto. Na sua opinião, o esforço que foi desenvolvido nessa altura tem de continuar. «O ponto de viragem vai acontecer quando as pessoas se comoverem perante a fragilidade da vida», realçou. Aborto Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...