Nacional

LOC denuncia condições de vida

Luís Filipe Santos
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“Há um agravamento demasiado pesado das condições de vida dos trabalhadores e suas famílias – salienta o comunicado final da Equipa Nacional da Liga Operária Católica / Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC), que esteve reunida nos dias 11 e 12 deste mês, em Fátima. Neste encontro, a referida equipa tomou conhecimento da proposta do novo Código do Trabalho e manifestou “com firmeza a sua recusa de tudo o que fere a dignidade da pessoa humana, subvertendo os valores em que acreditamos”. O aumento “abrupto do desemprego”, que afecta “milhares de famílias, é fonte da desagregação e precariedade da própria família, hipotecando sobretudo o futuro das novas gerações”. O desemprego, para além de outras “consequências de ordem social, humana e moral, provoca a insegurança, o medo e torna-se factor da crescente exclusão social” – refere o comunicado. E adianta: “o Governo ao aumentar o orçamento para pagamentos dos subsídios de desemprego, na ordem dos 25%, mais não fez do que dar um sinal aberto aos empregadores para facilitarem a prática do despedimento”. Em relação às medidas do Governo, relativamente aos trabalhadores da Administração Pública, sobre as carreiras profissionais e pensões, “provocaram a passagem à aposentação de largos milhares de trabalhadores ainda em condições de contribuir para a melhoria dos Serviços Públicos”. Uma prática, que na opinião da LOC/MTC “provoca degradação, já sentida pela população, em serviços fundamentais, nomeadamente na saúde, educação e tribunais”. Sobre a realidade da imigração e os dramas que muitos destes trabalhadores vivem, a LOC/MTC apela para que sejam feitas “todas as diligências de não entrarem em Portugal mais imigrantes à margem da lei” e que a situação daqueles que não “têm papéis seja resolvida sem obrigação de retorno ao país de origem”.


LOC/MTC