O Ministério da Cultura reconheceu o projecto cultural apresentado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre para o lançamento oficial do coro Voces Caelestes, como uma iniciativa de “superior interesse cultural”. O Ministro da Cultura, Pedro Roseta, refere, em declaração do seu Gabinete, o reconhecimento do “superior interesse cultural do Lançamento Oficial de Voces Caelestes, Coro de Câmara Profissional Português - 2004/2005, iniciativa da responsabilidade da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre”.
Na proposta apresentada pela Fundação ao Ministério da Cultura, refere-se que este projecto visa, por um lado, “a divulgação e a promoção da música portuguesa e a apresentação de obras musicais raramente executadas no nosso país”. Por outro lado, pretende-se também “levar estas mesmas obras a públicos carenciados deste tipo de iniciativas, contribuindo deste modo para a promoção do desenvolvimento sustentado e integrado”.
A cooperação entre o coro Voces Caelestes e a Fundação pretende ainda “contribuir para a promoção da música coral ao mais alto nível e dar início à actividade do primeiro coro de câmara profissional português”. Apesar de na maioria dos países da União Europeia este género de agrupamentos ser há muito uma realidade, esta era uma lacuna que importava preencher no panorama cultural português.
Através do reconhecimento do seu superior interesse cultural, esta iniciativa ficará ao abrigo do artigo 3º do Estatuto do Mecenato (aprovado pelo Decreto-Lei nº 74/99, de 16 de Março) que prevê deduções fiscais para os donativos atribuídos a entidades que se dediquem a actividades de superior interesse cultural.
Para assinalar a cooperação entre as duas entidades foi realizado no Palácio Nacional da Ajuda, no dia 30 de Maio, um concerto de canções do compositor alemão Joseph Haydn, raramente escutadas em Portugal, dirigido pelo maestro Sérgio Fontão, interpretado pelo Voces Caelestes e pela cravista Ana Mafalda Castro.
