Ministro dos Negócios Estrangeiros assegura que se acendeu «um grande farol que iluminará a humanidade» Agência Ecclesia 03 de Abril de 2005, às 00:27 ... O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Diogo Freitas do Amaral, afirmou sábado à noite que, com a morte de João Paulo II, "acendeu-se um grande farol que iluminará a humanidade por muitos anos". "Dos cinco Papas que conheci, João Paulo II foi aquele que mais marcou a vida da humanidade e dos católicos. Ao apagar-se a sua vida terrena, acende-se um grande farol que iluminará a humanidade por muitos anos", disse o ministro português em conferência de imprensa. Freitas do Amaral afirmou também que, na sua opinião de "católico empenhado na acção civil", este Papa foi "um dos maiores lÃderes espirituais, por ser não apenas um grande impulsionador do diálogo inter-religioso, como também do carácter ético-social dos povos". O ministro, que entre 1995 e 1996 presidiu à Assembleia Geral da ONU, evocou ainda "o respeito com que (João Paulo II) foi ouvido por centenas de polÃticos e diplomatas, crentes e não crentes", quando discursou perante aquela assembleia, a 5 de Outubro de 1995, nas comemorações dos 50 anos das Nações Unidas. "Recordo que as suas principais palavras foram paz, justiça, respeito pelos direitos dos povos, diálogo e resolução pacÃfica dos conflitos", disse. Desse episódio, Freitas do Amaral disse ter retido especialmente as palavras que trocou com o Papa, numa "conversa de meia hora" que mantiveram depois a sós, sobre "o papel cimeiro das Nações unidas na manutenção da paz e da segurança internacionais" e "sobre o futuro ainda incerto de Timor-Leste". Sobre Timor, relatou, "o Papa disse que a diplomacia vaticana tudo faria para advogar e promover a causa da autodeterminação" e que "todos os dias de manhã, rezava de joelhos pelo povo martirizado" do território. "Pedi-lhe que continuasse, continuou, e três anos depois, o povo martirizado de Timor-Leste iniciava o processo de independência", afirmou. Freitas do Amaral frisou que "a relação de Portugal com a Santa Sé é independente de quem chefia o Vaticano", lembrando que ela foi estabelecida no século XII, com a Bula Manifestus Probatum, que reconheceu a independência de Portugal. Igreja/Estado Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...