Nacional

Miseric贸rdias querem revolucionar relacionamento com o Estado

Di谩rio do Minho
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As Miseric贸rdias portuguesas encontram-se 鈥 como indicou um dos participantes do VIII Congresso Nacional que decorre at茅 hoje, no audit贸rio I da Universidade do Minho, em Braga 鈥 numa esp茅cie de 鈥減rocesso revolucion谩rio em curso鈥. A partir desta reuni茫o magna, aquelas institui莽玫es v茫o levar hoje, para cada comunidade onde est茫o inseridas, um conjunto de conclus玫es que mais n茫o s茫o que um desafio ao poder social que encarnam h谩 mais de 500 anos. Contudo, os desafios n茫o s茫o s贸 internos. Do congresso de Braga, o presidente da Uni茫o das Miseric贸rdias Portuguesas, Manuel de Lemos, refere que resulta um grande desafio que as Miseric贸rdias fazem ao Governo para que tenha com elas 芦um di谩logo sincero estendido a outras 谩reas de interven莽茫o, para al茅m da j谩 existente ao n铆vel da rede nacional de cuidados continuados禄. O representante nacional das Miseric贸rdias aponta que pretende ver discutido com o Governo a interven莽茫o daquelas institui莽玫es no plano dos cuidados prim谩rios da sa煤de e em v谩rios outros, dos quais a popula莽茫o e o pa铆s est谩 carente de respostas. 芦A revolu莽茫o deste congresso est谩 nisso mesmo禄, frisou Manuel de Lemos, acrescentando, contudo, que todo o di谩logo 芦pressup玫e honestidade禄 entre os parceiros, 芦da mesma forma como tem existido 鈥 apesar de todas as dificuldades que 茅 trabalhar em parceria 鈥 com os cuidados continuados禄. Miseric贸rdias s茫o sempre necess谩rias O presidente do VIII Congresso Nacional das Miseric贸rdias e ex-presidente da UMP, padre V铆tor Mel铆cias, defendeu no arranque da reuni茫o magna que aquelas institui莽玫es 芦s茫o sempre necess谩rias禄 ao pa铆s, porque praticam economia social e solidariedade, dentro do seu universalismo de abertura a todos, sem exclus茫o de ningu茅m pela ra莽a, condi莽茫o ou credo. Estando a assinalar 25 anos ao servi莽o das Miseric贸rdias portuguesas, aquele sacerdote franciscano defende para as mesmas um car谩cter de 芦actualidade e perenidade禄. 芦脡 na sua permanente actualidade e capacidade de actualiza莽茫o que reside a for莽a da perenidade destas 铆mpares institui莽玫es que n茫o perdem a sua identidade禄, explicou o hist贸rico 鈥渞osto鈥 das Miseric贸rdias em Portugal. O padre V铆tor Mel铆cias frisa que as Miseric贸rdias, inspiradas nos princ铆pios do Evangelho, constituem formas que demonstram uma 芦excel锚ncia da cidadania participativa禄, que lhes confere, tamb茅m, 芦polival锚ncia e modernidade禄. Este 煤ltimo aspecto, as Miseric贸rdias conseguem-no, 芦porque resultam das comunidades que servem禄, sublinhou o sacerdote. Por tudo isto, o padre V铆tor Mel铆cias considera que a perenidade das Miseric贸rdias 茅 conseguida por n茫o estarem sujeitas a 芦proselitismos nem excesso de tutelas do Estado e da Igreja禄. Ali谩s, defendeu ser 芦do interesse do pr贸prio Estado e da Igreja preservar a integridade das Miseric贸rdias禄. Congresso encerra com condecora莽玫es O congresso encerra hoje com a divulga莽茫o das conclus玫es, com uma sess茫o presidida por Cavaco Silva, Presidente da Rep煤blica e com v谩rias condecora莽玫es. V茫o ser condecoradas as seguintes personalidades: Ant贸nio Jos茅 de Sousa J煤nior, Santa Casa da Miseric贸rdia (SCM) de Almeida; Arlindo Maia, SCM Vila do Conde; Jos茅 Dias Gabriel, SCM Resende; Manuel Paiva, SCM S. Pedro do Sul; Manuel Silva Pereira, SCM P贸voa de Varzim; Jos茅 Vieira de Carvalho, SCM Maia (t铆tulo p贸stumo); L煤cia Lousada, SCM Lousada (t铆tulo p贸stumo); Am铆lcar Morgado, SCM Condeixa; Alfredo Castanheira Pinto, SCM Macedo de Cavaleiros; Hor谩cio Carvalho Pereira, SCM Gr芒ndola; Lu铆sa Vaz Raposo, SCM Gavi茫o; Maria Idalina Seabra, SCM Paredes.


Uni茫o das Miseric贸rdias