Nacional

Missas mais expressivas e menos numerosas

Diário do Minho
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Abertura do Ano Pastoral de Viana do Castelo

O Bispo Diocesano de Viana do Castelo quer, durante o novo Ano Pastoral, as celebrações eucarísticas muito mais expressivas e com uma maior abrangência, em detrimento de tão grande número de celebrações como as que «porventura» se registam nas comunidades dos dez arciprestados. D. José Pedreira intervinha na sessão solene, no Instituto Católico de Viana, que marcou ontem o início do Ano Pastoral 2005/2006, que vai decorrer sob o signo da “Eucaristia, Fonte e Epifania de Comunhãoâ€. O prelado justificou a escolha da Eucaristia para continuar a marcar a temática geral da pastoral da Diocese, quando o Ano da Eucaristia termina este mês, para além da sua importância fundamental, com o facto de existirem «vários documentos sobre o Mistério Eucarístico», de recente publicação, que ainda não estão assumidos e de ser necessário aprofundar a reflexão em ordem a uma renovada proclamação, catequese e celebração da Páscoa de Cristo. Numa época de «interrogações inquietantes», marcada pela «indiferença religiosa e permissivismo moral », os cristãos são chamados a um «testemunho credível» que se alimente da Eucaristia, caso contrário, «a presença de Cristo sofre contestação», advertiu o Bispo Diocesano, que também apelou a um «renovado vigor» celebrativo. Neste tempo igualmente marcado por uma busca de espiritualidade, D. José Pedreira referiu que a espiritualidade eucarística constitui um «verdadeiro programa de vida» que passa por uma «atitude de penitencial e de purificação do coração», escuta da Palavra, participação do sacrifício redentor, comungando a Eucaristia que é a presença de Cristo nas espécies do pão e do vinho, para construção da comunidade e missão evangelizadora. O Bispo de Viana acredita que este novo ano pastoral vai ser marcado por um «impulso muito forte» na participação e celebração dominical, que vai permitir ultrapassar os «pessimismos », algum «comodismo » e a «mornice espiritual » que vai grassando entre parte dos cristãos. À meia centena de responsáveis de secretariados, movimentos e obras de apostolado que compareceram à chamada, D. José Pedreira relembrou a importância de ficar compilado numa espécie de calendário as principais actividades protagonizadas por cada um a fim de que se crie uma visão de conjunto do andamento da vida desta diocese. Neste capítulo, sublinhou a importância da definição de objectivos pastorais e da calendarização das actividades, até como instrumento de avaliação no final de um percurso, porque de outro modo não se poderá considerar que houve um «trabalho sério», deixando um travo a indefinição e frustração. Compromisso na Missão A abertura oficial do Ano Pastoral da Diocese de Viana do Castelo prolongou- se, depois da sessão, na Eucaristia celebrada na Sé Catedral, durante a qual os responsáveis pelos diversos sectores da pastoral fizeram o seu compromisso. Convocados por Cristo para a sua Missão, nesta Igreja que está em Viana, «queremos, durante este ano pastoral, transformar o mundo segundo critérios do Evangelho». Comprometemo-nos, disseram, ainda, «a servir nas associações, movimentos e secretariados em fidelidade a Cristo e comunhão de Igreja diocesana». Durante a celebração D. José Pedreira recomendou a «recitação do Rosário » durante este mês de Outubro, no qual se faz a «afirmação da catolicidade e solidariedade dos cristãos », e convidou a rezar pelo bom sucesso do Sínodo dos Bispos, que ontem se iniciou em Roma (ver página 19), e da Semana Nacional da Educação Cristã. Na homilia, D. José Pedreira recordou que a diocese já conta com o “Calendário Litúrgico Próprio†e apontou a catalogação da “Arte Sacra Móvel†que, «a partir deste ano terá um tratamento inovador», como outro dos acontecimentos relevantes. Ainda durante este ano pastoral, chegam ao fim «as grandes obras da Diocese», encontrando-se pronta a Casa Sacerdotal e em fase de conclusão o auditório, ficando a faltar as infra-estruturas envolventes, tendo apelado à «colaboração e generosidade de todos» neste «esforço grande» da Diocese. Paulo Gomes


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