Nacional

Missionário português morto em Angola recordado na sua terra natal

Nuno Rosário Fernandes
...

Prosseguem as investigações sobre o assassinato

Continuam as investigações policiais sobre o assassinato do missionário português em Angola. Em declarações à Agência ECCLESIA o Pe. Tony Neves, missionário espiritano, referiu que “começam a surgir nomes de pessoas que terão ameaçado” o Pe. José Afonso Moreira, dados que o sacerdote desvaloriza. Ontem, a capela de Fortunho, aldeia natal do Pe. Afonso Moreira, foi insuficiente para acolher todos aqueles que quiseram prestar homenagem ao missionário espiritano assassinado a 8 de Fevereiro. D. Joaquim Gonçalves, bispo de Vila Real presidiu à celebração eucarística, que foi concelebrada por mais 49 sacerdotes. Uma celebração que, contou à Agência ECCLESIA o Pe. Castro Fontes, pároco daquele lugar, foi vivida “com saudade e tristeza mas sem manifestações exteriores”. Quando a notícia da morte deste missionário chegou a Fortunho, as gentes da terra foram confrontadas com “uma certa surpresa”, disse o pároco, porque, o Pe. Afonso Moreira “era um homem que quando vinha a aldeia praticamente não falava dele. Falava sempre da gente com quem estava”, referiu. Fortunho é uma aldeia pequena com cerca de 400 habitantes que todos os anos recebia de férias o Pe. Moreira durante um mês. Nesse tempo o sacerdote missionário “contactava muito com as pessoas e conhecia toda gente da sua terra”, comentou o pároco. Sepultado no Bailundo, o Pe. Moreira poderá ser mudado para Portugal, informou também ontem o Provincial dos Espiritanos. Segundo o Pe. Tony Neves “a família continua a exigir que o corpo seja sepultado na terra natal” e por isso o provincial “vai negociar com o Bailundo” a transferência.


Espiritanos