A presença dos missionários e das missionárias da Consolata na Mongólia já é uma realidade. No dia 20 de Julho de 2003, partiram de Roma com destino a Ulaanbaatar – capital da Mongólia – os primeiros missionários e missionárias da Consolata que vão dar início a uma nova comunidade na Ásia e a primeira na Mongólia. Em 1998 tinha sido a abertura na Coreia do Sul, país onde se encontram dois missionários da Consolata portugueses.
Esta primeira comunidade missionária é composta pelos Padres Juan Carlos Greco, argentino, e Giorgio Marengo, italiano; e pelas Irmãs Giovanna Maria Villa, italiana, Maria Inês Patiño, colombiana, e Lucia Bartolomasi, italiana. Mais tarde completarão o grupo o Padre Ernesto Viscardi e a Irmã Sandra Graciela Garay, colombiana, que por diversos motivos não partiram ontem à noite.
Completaram-se precisamente nos meados deste mês de Julho, dois anos após a primeira viagem realizada à Mongólia pelos delegados dos dois Institutos Missionários, fundados por José Allamano, para estudar localmente as possibilidades de abrir uma missão naquele país.
Estas datas coincidem, também, com as celebrações anuais da libertação da Mongólia das várias escravaturas pelas quais atravessou ao longo da história: Nos dias 11 e 12 de Julho é festa nacional para lembrar a Independência conseguida há 80 anos. Muitíssima gente acorre a Ulaanbaatar, capital do país, para os festejos. No estádio nacional, arqueiros, corridas de cavalos montado por crianças, luta livre, desfiles tradicionais, etc. animam os festejos, que concluem com a entrega de prémios aos vencedores.
A partir de agora, estas datas começam a fazer parte da história dos missionários e das missionárias da Consolata e a tornarem-se acontecimentos familiares.
Esta abertura conjunta dos Missionários e Missionárias da Consolata caracteriza-se por alguns pontos dignos de relevo:
· A abertura reforça e qualifica a nossa presença na Ásia, enriquecendo-nos com as antiquíssimas tradições culturais e religiosas dos povos do oriente (Budismo, Xamanismo e outras).
· É uma presença genuína na fidelidade ao nosso carisma ad gentes, que o próprio Allamano sonhava (“ireis até ao Tibete!”): entre os quase três milhões de habitantes, pouco mais de dez dezenas são católicos, pelo que a finalidade é de primeiríssima evangelização.
· É uma abertura no estilo do Padre José Allamano, sem barulho, com simplicidade e fazendo bem aquele pouco que se faz: não existem na mente desta primeira comunidade grandes projectos já preconcebidos; há apenas um grande amor e vontade de ir o encontro das pessoas, de inserir-se, de estar com eles, de escutá-los, e a partir deles e com eles nascerão ideias, caminhos, objectivos, métodos e ritmos. A preocupação é a de não apagar o lume ainda aceso, e de desenvolver as sementes que Deus depositou naquele povo até à medida do homem novo, Cristo!
Pe. José Martins Fernandes