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Na hora da partida...

Agência Ecclesia
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Testemunho dos dois Dehonianos portugueses que partiram para Angola

Na Hora da partida para a Nova Missão de Angola, gostaríamos de partilhar convosco as nossas expectativas e anseios. Na mensagem do Papa para a Quaresma de 2004 podemos ler: «Tornar-se» pequenino e «acolher» os pequeninos: são dois aspectos dum único ensinamento que o Senhor hoje repropõe aos seus discípulos. Somente quem se fizer «criança» é que será capaz de acolher com amor os irmãos mais «pequeninos». É com esta certeza, de que é para os pequenos, últimos da sociedade, que nós queremos continuar a dizer e anunciar bem alto: VALE A PENA DEIXAR TUDO POR CAUSA DO AMOR A JESUS CRISTO A FIM DE O FAZER CONHECIDO EM TODA A PARTE. A ansiedade domina o nosso estado de espírito. Partimos para um país que saiu recentemente da guerra e, por isso, espera-nos muito trabalho. Mas, com muita simplicidade, amor a Cristo e aos irmãos, seremos felizes. Partimos levando na nossa bagagem uma das grandes máximas do Pe. Dehon: “Sejam como fogo para fazer conhecido o amor do Coração de Jesus em todas as partes. Aceitem as cruzes da Providência como um meio infalível para fecundar o seu apostolado”. Por isso, neste momento de partida, para a abertura de uma nova missão SCJ gostaríamos de repetir, mesmo com o risco de criar um slogan estafado, cuja força e exigência podemos enevoar: que sejamos "profetas do amor e servidores da reconciliação" (Cst.7). Profetas: como os profetas, esses homens constantemente alerta, "dependurados" da Palavra de Deus que escutam no Espírito; essas "sentinelas" que com impaciência e perspicácia espreitam o mais pequeno sinal anunciador da aurora (cf. Sl. 130,6), que procuram e interpretam os sinais mesmo discretos do amor que liberta e transfigura... E servidores: ministros que o "amor de Cristo abraça", porque "lhes confiou o ministério da reconciliação"; eles são enviados pelo mundo "como embaixadores" para proclamar o amor de Deus, para exortar ao seu acolhimento e vivência. Servidores, também para "confessar" este amor, particularmente pelo sacramento que "celebra" esta reconciliação nas nossas vidas: sacramento que de nós, dehonianos, merece uma atenção muito particular, na nossa prática pastoral. Tudo isto, pudemos constatar pela vitalidade com que a Província Portuguesa e a Congregação acolheu este projecto de Angola. A presença de confrades de todas as comunidades SCJ de Portugal, e também dos Bispos D. Quintas e D. Braga na celebração de envio dos missionários para Angola (03-03-2004), foi uma expressão eloquente do carinho com que todos acolhemos e vivemos este novo projecto. Sentimo-nos verdadeiramente enviados pela Congregação, e estaremos sempre gratos pela amizade e a oração que nos une neste momento da nossa partida. Por isso, agradecemos a todas as comunidades e confrades pela forma como nos encorajaram para este novo desafio: missão de Angola. Nós somos os enviados, mas sentimos que é a Província toda que parte em missão. Este é o tempo em que o Senhor nos chama a trabalhar neste campo da sua vinha. É com esta disposição de fidelidade a Deus e de sensibilidade que queremos ir ao encontro dos mais carenciados e dar fraternamente a mão à Igreja em Angola, com humildade e generosidade, daremos o nosso pequeno contributo para a sua reconstrução. Levamos connosco o ensinamento do Pe. Dehon que hoje nos diz: “Deixo-vos o mais maravilhoso de todos os tesouros: o Coração de Jesus. Ele pertence a todos, mas tem ternuras particulares para com os Sacerdotes que Lhe são consagrados, que são inteiramente dedicados ao seu culto, ao seu amor, à reparação que Ele pediu, desde que sejam fiéis a esta bela vocação. Este Instituto será como um ramalhete de flores para o Coração de Jesus, se os seus membros viverem unidos em tudo e dedicados ao Sagrado Coração e se fizerem reinar o seu ardente amor em si mesmos e entre os povos que hão-de evangelizar” (Directório Espiritual, 276). Fraternamente PP. Domingos e Joaquim

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