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Nova Evangelização: É preciso «dedicação» para que a Igreja não perca credibilidade, diz bispo de Lamego

Agência Ecclesia
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D. António Couto escreve sobre o tema numa publicação conjunta da Missão Press

Lisboa, 10 jan 2014 (Ecclesia) - O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, D. António Couto, defende que a evangelização implica “movimento, comunicação e dedicação” e que sem isso a Igreja “perde credibilidade”.

“Evangelho significa então evangelização, e evangelização implica movimento e comunicação, e requer tempo, dedicação, formação, inteligência, entranhas, mãos e coração”, alerta o bispo de Lamego, num artigo de opinião divulgado pela Missão Press, que reúne as publicações missionárias do país.

O prelado acrescenta que “se não sair ao encontro dos outros, sobretudo dos pobres, se não se lembrar dos pobres, se não os tiver sempre presentes e não nutrir por eles um carinho particular, a Igreja perde credibilidade e o seu critério-chave de autenticidade e de autoridade”. 

D. António Couto refere-se à exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), do Papa Francisco, como uma torrente de “óleo de alegria a inundar, lubrificar e tonificar todos os recantos de uma Igreja que se quer em vestido de festa, jubilosamente saindo de si mesma, das amarras do medo, do comodismo, da indiferença, do quietismo, de toda a rigidez autodefensiva, do telónio da administração seja do que for, é, na verdade, necessário e urgente passar da simples administração” para um estado permanente de missão”.

“É bom que a Igreja viva em permanente sintonia com as frequências do Sermão da Montanha, em que os primeiros destinatários da felicidade são os pobres de espírito (Mateus 5,3), que são os que não têm espaço político, económico, social, educacional, cultural, humano: aqueles que não têm espaço vital, que não têm espaço nenhum, com quem ninguém conta, nem contam para ninguém”, alerta.

O bispo de Lamego precisa que “a Igreja de Cristo é formada por discípulos missionários, e não por discípulos e missionários, como se missionário pudesse ser apenas um ornamento ou um acessório”.

 “Este é o tempo de sermos todos contemplativos de Deus e contemplativos do rosto dorido e belo dos nossos irmãos, contemplativos e transparentes, habitados pelo mistério de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus”, conclui D. António Couto. 

MD/OC



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