Novo artesanato religioso precisa-se Diário do Minho 03 de Março de 2007, às 11:36 ... A cooperativa Turel–Turismo Cultural e Religioso vai lançar o desafio aos artesãos e artistas da região para que concebam um novo artesanato religioso, no âmbito do “Ars Artium†– Salão de Artigos Religiosos, que este ano se realiza, em Abril, no Pavilhão Municipal de Barcelos, em parceria com a autarquia local. «Depois de em 2006 termos feito a experiência de organizar o primeiro Salão de Artigos Religiosos, no Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, quisemos, este ano, descentralizar esta iniciativa, propondo à Câmara Municipal de Barcelos a constituição de uma parceria, para a organização deste salão», afirmou ontem o presidente da TUREL, na apresentação da actividade. O cónego Eduardo Melo Peixoto salientou que, desde a primeira hora que a edilidade cooperante abraçou o projecto, «tomando-o também seu, e disponibilizando todos os meios para que este evento tenha um enorme sucesso». No discurso que tinha preparado para o efeito, aquele responsável recordou que a TUREL tem como base da sua constituição o estudo “Turismo Religioso – Promoção e Desenvolvimento do Turismo Religioso como Motor de Desenvolvimento Regionalâ€. Ora, este estudo recomenda que uma das tarefas a desempenhar pela cooperativa é a identificação e o desenvolvimento do denominado artesanato religioso, bem como a criação de motivações para o aparecimento de um novo artesanato, incentivando os novos criadores. «Por isso, a edição deste ano do salão de artigos religiosos, não se limita apenas a mostrar o que já existe, mas pretende desafiar os artesãos a criar e apresentar novas peças e modelos», salientou o cónego Eduardo Melo Peixoto, acrescentando que, desta forma, A TUREL estará a contribuir para o aparecimento de novos produtos e de novos criadores. Salão de Artigos Religiosos Este salão é, na opinião do responsável pela sua organização, «um desafio» para os responsáveis pelas dioceses, paróquias, irmandades e confrarias, para os santuários e outras estruturas eclesiais, para que zelem pela qualidade dos artigos religiosos que estão à disposição do público em geral. «Muitas vezes é confrangedora a qualidade e o “designer†com que nos deparamos», frisou o presidente da TUREL, acrescentando que «a excelência e qualidade do turismo religioso passa, também, pela qualidade das lembranças que se coloca à disposição de quem nos visita». Por esta razão, o cónego Eduardo Melo Peixoto salienta que não se pode querer melhorar as receitas do turismo cultural e religioso se a oferta que se apresenta «é fraca e de má qualidade». O responsável lembrou que, na inauguração do primeiro salão, no ano passado, em Braga, o Arcebispo Primaz, afirmava que «a Igreja tem de pensar numa arte com qualidade, de tal maneira que aquilo que existe dentro das igrejas, dos templos e fora (nas casas) transmita a beleza de Deus». E recordou também que D. Jorge Ortiga exultou: «devemos ser rigorosos e teimosos em procurar trabalhar na beleza de Deus que se manifesta também a partir da arte sacra e dos artigos religiosos». Arte Sacra Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...