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Novo Bispo de Viseu escreve à Diocese

D. Ilídio Pinto Leandro
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1. Convosco, por Cristo, para Todos O Bispo de Viseu não é quem todos esperávamos. Eu não sou quem, certamente, desejáveis. Sou o Pe. Ilídio Pinto Leandro, ordenado sacerdote em 25 de Dezembro de 1973, alguém pecador e muito pobre, em relação à tradição e à grandeza desta nossa Diocese e, sobretudo, em relação ao meu querido antecessor e nosso amado Bispo, o Senhor D. António Augusto dos Santos Marto. Foi com a maior surpresa e com enorme admiração que recebi a informação da minha escolha para Bispo e, logo, desta minha e nossa querida diocese de Viseu. Senti alguma força e muito conforto no lema que, de repente, me veio ao coração: Convosco, por Cristo, para Todos. De facto, é mesmo isto que eu vou procurar viver no ministério episcopal que o Santo Padre me confiou: sou um de entre vós e quero estar, viver e caminhar convosco e, para isto, quero contar com todos vós; nesta vida e neste caminho a percorrer em comum, quero que tudo seja por Cristo e fazer tudo somente n’Ele e com Ele; para me dirigir a todos, sem qualquer distinção de idade, de credo, de sexo ou de cultura. 2. Saudação amiga Neste lema e nesta sequência, deixem-me saudar-vos a todos, usando as palavras de S. Paulo: «…a quantos vos encontrais em (diocese de Viseu), dilectos de Deus, santos por vocação: graça e paz a vós da parte de Deus, Pai nosso, e da do Senhor Jesus Cristo» (Rom 1, 7). Nesta saudação, quero dirigir-me a todos os meus irmãos e amigos desta nobre e mui antiga e querida Diocese de Viseu: a todas as crianças, o presente mais belo e o futuro mais promissor do coração desta nossa Beira Alta; a todos os jovens, a quem o meu ministério serviu durante tantos anos e dos quais recebi sempre o maior enlevo e carinho; a todos os adultos, nos casais, nas famílias, nos doentes, nos idosos, nos movimentos e nos grupos… onde cada um viva, sofra, trabalhe ou lute, com toda a sua fé e esperança, pela transformação positiva da sua realidade pessoal e colectiva… A todos os que, em qualquer ministério e vocação, trabalham ou se preparam para isso, as minhas saudações amigas, dizendo-vos que quero contar com toda a vossa livre, responsável e qualificada disponibilidade para convosco, por Cristo, ser para todos. Dirijo-me, igualmente, com muita amizade e deferência, a todas as autoridades desta mui digna porção do Reino de Deus e da Sociedade dos homens: as que nos campos autárquico, militar, cultural, administrativo e religioso dão o melhor de si pelo bem comum, segundo a especificidade de cada área, tendo sempre em primeiro lugar as pessoas, a começar pelas mais pequenas, pelas mais simples, pelas mais carenciadas, pelas menos poderosas e com menos voz, sempre servindo e promovendo as suas causas, na sua dignidade e nos seus direitos fundamentais. Aos meus colegas e amigos padres, os queridos irmãos no Presbitério, a minha saudação muito fraternal, na certeza de que vos admiro, vos quero servir com total dedicação, vos prometo o melhor de mim para, juntos, sermos os padres capazes de responder às solicitações, exigências e dificuldades dos nossos tempos e da nossa Igreja Local. Estou convosco, por Cristo, para todos: peço-vos que me aceiteis nesta nova missão e me ajudeis a ser um bom Bispo; peço-vos, ainda, que rezeis por mim. Eu, sobretudo, desde que conheci este meu ministério, não cesso de rezar por vós e por todos. Ao Senhor D. António Marto, desejo as maiores felicidades na nova Diocese e nos novos desafios que o Santo Padre lhe confiou. O pouco tempo que esteve connosco foi o suficiente para nos deixar um novo estilo de ser Bispo, porque, como Mestre, Pai, Amigo e Próximo, conquistou-nos, sacerdotes e leigos, dando-nos novos motivos para bendizer e louvar «o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, no alto dos céus, nos abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo (…), para sermos santos e imaculados aos Seus olhos» (Ef 1, 3-4). 3. Nas mãos de Maria Entrego a minha missão e o meu futuro e o futuro da nossa Diocese nas mãos de Maria, confiando na Sua protecção. A Ela, à Bem-aventurada Virgem Maria, a Senhora do Altar Mor da Catedral, me consagro e consagro toda esta nossa Diocese de Viseu. Para todos peço a bênção do Senhor. Convosco, por Cristo, para todos. O vosso irmão, em Jesus Cristo Sacerdote Viseu, 10 de Junho de 2006 Ilídio Pinto Leandro

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