Novos direitos dos doentes LuÃs Filipe Santos 20 de Abril de 2007, às 19:07 ... A Comissão de Liberdade Religiosa já se pronunciou sobre o funcionamento dos serviços de assistência espiritual e religiosa hospitalar O Ministério da Saúde solicitou à Comissão de Liberdade Religiosa (CLR) um projecto de um novo diploma que regulamenta o funcionamento dos serviços de assistência espiritual e religiosa hospitalar. A CLR já enviou esse parecer ao Ministério da Saúde. O Pe. José Nuno Ferreira, coordenador nacional das Capelanias Hospitalares disse à Agência ECCLESIA que felicita a CLR pelo documento e "por verificar que se encontrou espaço para dar atenção a uma matéria tão sensÃvel e fundamental para as pessoas que encontram doentes". No parecer a CLR recomenda que a assistência religiosa nos hospitais seja um direito fundamental dos doentes. A Comissão reitera também que os doentes devem ser informados desse direito. O coordenador nacional refere um ponto que não é muito realista no funcionamento das instituições hospitalares. "A questão da inquirição à entrada do internamento". E adianta: "não é o momento oportuno para perguntar à pessoa se quer ser assistida religiosamente". O Pe. José Nuno não concorda também que a assistência religiosa seja remetida para o perÃodo fora do tempo das visitas. "Em muitos hospitais, as visitas vão das 11 à s 21 horas" - disse. E avança: "Não é muito realista". A comissão, presidida pelo ex-Provedor de Justiça Menéres Pimentel, integra representantes de várias confissões religiosas radicadas em Portugal. O Ministério da Saúde remeteu recentemente para a CLR um projecto de regulamentação da assistência religiosa hospitalar, tendo a comissão enviado esta semana um parecer com várias recomendações e propostas de alteração. Além da oferta diferenciada, a CLR defende que o diploma do Ministério da Saúde contemple diversos direitos do doente, nomeadamente de obtenção de assistência religiosa "em tempo razoável" e "mesmo sem pedido expresso, desde que objectivamente se presuma ser esta a vontade do doente". A comissão considera também que os hospitais devem assegurar, "quando necessário", o transporte dentro da unidade aos doentes que queiram praticar actos de culto, "salvo razões clÃnicas expressamente prescritas". A CLR defende ainda o "direito a condições de intimidade e recolhimento na assistência espiritual e religiosa", e de posse pelos doentes de publicações e objectos pessoais de culto, "desde que não comprometam a funcionalidade do espaço de internamento, a ordem hospitalar, o bem-estar e o repouso dos demais internados". No próximo dia 24 de Abril, em Fátima, haverá uma reunião da Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares Com LUSA Pastoral da saúde Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...