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Novos padres na Madeira

Silvio Mendes
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A Diocese do Funchal tem, desde o pretérito sábado, dia 24 de Julho, mais três sacerdotes: Silvano Vieira Gonçalves, natural do Curral das Freiras (sacerdote diocesano), João Nélio Simões Pereira, da paróquia da Encarnação, Estreito de Câmara de Lobos, e Nélio Luciano Baptista Vieira, natural da paróquia de Santo António da Serra (ambos da Congregação dos Sacerotes do Coração de Jesus) e um diácono: Roberto Viana, da paróquia do Imaculado Coração de Maria (também daquela Congregação). A cerimónia, presidida por D. Teodoro de Faria, e que decorreu na Sé, foi participada por um significativo número de sacerdotes, seminaristas e familiares dos que iriam ser ordenados. A grande importância que a oração tem na vida do cristão foi o tema central da homilia de D. Teodoro de Faria, que começou por salientar que, «num tempo que, para muitos cristãos, é de férias, a liturgia deste domingo apresenta-nos o tema da oração. Não haverá férias também para as coisas de Deus? Poderá o nosso corpo dispensar a alimentação no tempo de repouso? A oração é o alimento do espírito. Os textos da missa insistem sobre a importância e a qualidade da oração». «Toda a acção litúrgica é oração, mas há momentos a privilegiar. Hoje, é principalmente a oração do Senhor, o Pai Nosso, que deve ser repetido ou cantado mais lentamente, com um fervor renovado, para evitar que ele se torne uma oração maquinal». Dirigindo-se especificamente aos novos ordenandos, referiu que já havia repetido por várias vezes que, «no exercício do ministério, é fundamental discernir o que é essencial. É necessário preparar alguns fiéis leigos para desempenharem várias actividades pastorais para que os presbíteros fiquem disponíveis para a missão que lhes é própria. Os padres, principalmente os mais jovens, têm de procurar uma integração harmónica de todos os aspectos da existência numa unidade de vida, dentro de um mundo pluralista». «Há problemas próprios das várias fases etárias - o individualismo, o isolamento, o funcionalismo, a tentação do ter e a apreensão pelo futuro. Em cada dia é preciso incentivar a consciência sacerdotal da doação plena a Jesus Cristo. O padre diocesano tem uma espiritualidade própria, que se radica na vivência do próprio ministério, a partir do encontro pessoal com Cristo na oração e na sua Igreja particular. A fidelidade à sua vocação depende da sua vida espiritual intensa, dos tempos fortes de retiro, da direcção espiritual. A renovação da vida do padre implica uma atitude permanente de formação que engloba a dimensão espiritual, intelectual e de relações humanas». Sílvio Mendes


Diocese do Funchal