Um slogan “forte e apelativo” porque é uma preocupação que “sentimos e nos obriga a uma reflexão” – adiantou à Agência ECCLESIA D. Jacinto Botelho, presidente da Comissão Episcopal da Família (CEF), a propósito do tema da Semana da Vida deste ano “Sem Filhos não há futuro”. Perante a “grande diminuição da natalidade no nosso país”, a CEF interroga-se sobre as causas que levam os “casais a essa tomada de posição”. Se nalguns casos é uma posição “consciente, séria e assumida”, existem também situações, “talvez a mais generalizada, de egoísmo e comodismo” – denuncia D. Jacinto Botelho. E acentua: “não querem enfrentar dificuldades”. As famílias portuguesas “deixam-se ir na onda do permissivismo contemporâneo”.
Para cada dia da Semana da Vida (16 a 23 de Maio) existem reflexões para “ajudar as famílias”. Ajudas “preciosas” que têm por base a «Meditação sobre a Vida», Nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), de Março 2004. Um documento “muito apropriado para esta semana” porque “pretendemos proporcionar a todos os cristãos uma leitura sobre a vida” – referiu o presidente da CEF. Cada reflexão coloca também “algumas interrogações às famílias” para darem as “respostas mais adequadas” às diversas situações. O respeito pela vida – em todas as fases e etapas – é a proposta fulcral da Semana da Vida mas este ano, celebra-se o X Aniversário do Ano Internacional da Família, “queremos recordar esse acontecimento”. E adianta: “infelizmente as famílias estão esquecidas das propostas lançadas no Ano Internacional da Família”.
Perante estas dados, D. Jacinto Botelho conclui que a família “terá de ser objecto de uma atenção permanente”. Da família “depende o futuro da sociedade” – o presidente da CEF recorda o magistério de João Paulo II – porque “sem ela estamos desgraçados”. A Comissão Episcopal da Família está “empenhada na defesa desta célula” – finaliza.
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