Nacional

O crucifixo ofende o laicismo

Luís Filipe Santos
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“Apareceu há tempos uma associação, da qual não se discute a legitimidade de ser o que quiser, com o objectivo, por exigência do laicismo, de apagar sinais do cristianismo, conspurcar a acção histórica da Igreja, fazer tábua rasa de valores morais e religiosos da nossa tradição e cultura†– sublinha D. António Marcelino, bispo de Aveiro, no comentário semanal difundido pelo jornal da diocese «Correio do Vouga». O alvo das criticas “é sempre a Igreja Católica, como se os seus membros responsáveis fossem um grupo de bandoleiros que pretendem impedir a luz e os ventos que sopram da Europa laica.†E Acrescenta: “agora, é a caça aos crucifixos que, depois da Revolução de Abril, ainda se vêem em algumas escolas do Estado. Temo-los visto, aqui e ali, por vezes limpos e com flores e, também, com pó e de teias de aranha. Vá lá limpá-los quem é pago pelo estado laico!...†O Crucifixo! O mais significativo “gesto de amor da história humana, com sinais de séculos na bandeira nacional, agora ofende o laicismo!...†A ministra da Educação “já deu ordens para que se saiba das transgressões, se tomem providências, se acabe com o escândalo do que resta ainda de sinal religioso nas escolasâ€. A inquirição, segundo a denúncia feita, “atinge ainda os que permitem estranhos a falar de Deus nas escolas†– refere o bispo de Aveiro. Para D. António Marcelino, o grande problema da educação em Portugal é, “então, a existência de sinais religiosos que desorientam crianças e a não respeitam o laicismo de todos! Os professores que educam crianças concretas, em terras e famílias concretas, não podem ter critérios educativos próprios, a menos que sejam critérios laicos…†Notícias relacionadas •Igreja responde com amor aos ataques do laicismo


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