Realçou, em Fátima, o Arcebispo emérito de Belo Horizonte, Brasil
O Arcebispo Emérito D. Serafim Fernandes de Araújo, da Arquidiocese de Belo Horizonte, do estado brasileiro de Minas Gerais esteve no Santuário de Fátima. Em entrevista ao Centro de Comunicação Social do Santuário, D. Serafim afirmou-se “plenamente mariano”, uma devoção que diz sentir desde criança, quando a sua mãe lhe ensinou a rezar o Pai Nosso e a Avé Maria.
“Nossa Senhora é como a minha mãe, umas vezes veste-se para ir à missa, outras para ir para o trabalho, outras para cozinhar, mas o importante é que quando estamos a precisar ela está sempre ali. Nossa Senhora apareceu no México como índia, no Brasil como preta, em Portugal apareceu numa altura muito importante, quando o mundo sofria com a guerra e os avanços do comunismo. Conforme nós vamos precisando, Ela está sempre ali”, afirmou o arcebispo emérito de Belo Horizonte.
Apresentando-se como um peregrino comum, a acompanhar um pequeno grupo de peregrinos do Brasil, D. Serafim Araújo, nesta sua quarta visita ao Santuário de Fátima, deixou uma crítica aos responsáveis europeus “que não quiseram colocar Cristo no preâmbulo da Constituição Europeia”. “Foi a Igreja Católica que fez a Europa, sem a referência a Cristo não há Europa. O Parlamento Europeu deixou de fora os valores que deram origem à sua criação”, disse.
Num mundo descrito como “totalmente violento por se ter afastado de Cristo”, este responsável considera que “a paz não é urgente como ponto de chegada mas como ponto de partida”. “Como disse o Papa, sem perdão não há paz, isto a nível do mundo, mas também das nossas casas, das nossas famílias, onde cada vez mais as pessoas perdoam menos”, afirmou o Arcebispo Emérito de Belo Horizonte.
Após esta visita ao Santuário de Fátima, D. Serafim Fernandes de Araújo segue para Veneza (Itália) para participar na constituição da Fundação Padre Mário Guerlin, sacerdote italiano com um trabalho notável desenvolvido também no Brasil, em serviço dos leprosos.
Mário Guerlin, mais um exemplo de conversão ao catolicismo, foi ordenado sacerdote por João Paulo I, na altura em que este Papa era Patriarca de Veneza.