O presente e o futuro do Cristianismo na China Octávio Carmo 25 de Novembro de 2003, às 10:59 ... O futuro da Igreja Católica na China passa por uma adaptação à cultura local e pela plena liberdade religiosa neste paÃs. Assim o entendem os especialistas reunidos no colóquio sobre o cristianismo na China que teve lugar em Fátima, nos dias 22 e 23 de Novembro. “O Povo chinês carece de uma Igreja incarnada na alma cultural chinesa para deixar de ser estrangeira e de uma Igreja separada do poder polÃtico para poder ser livre. Acreditamos que o ministério de unidade exercido pelo Papa é a garantia mais segura de uma Igreja una, santa e universal”, pode ler-se no comunicado final enviado à Agência ECCLESIA. A iniciativa, organizada pelos Missionários do Verbo Divino (SVD) com a colaboração das Servas do EspÃrito Santo e o apoio de algumas instituições, juntou cerca de centena e meia de participantes, religiosos, sacerdotes e leigos para abordar a realidade chinesa ajudados por especialistas portugueses e estrangeiros. No encontro foi destacada a importância de se defender, nas instâncias internacionais, a separação entre o poder polÃtico e o religioso na China, “pedindo ao governo chinês que promova a legÃtima separação entre o poder religioso e civil para que não se cometam, hoje, os mesmos erros do passado”. Wilhelm Muller, missionário SVD, expulso da China em 1996, falou sobre a actual situação na China ao nÃvel religioso destacando o facto de na China haver cerca de 12 milhões de cristãos. Quanto à divisão existente entre a Igreja “oficial” (controlada pelo governo chinês) e a Igreja “clandestina”, esclareceu que ela ocorre “ao nÃvel da interpretação da função do Papa e da sua autoridade para dirigir concretamente a Igreja em todo o mundo.” A situação tem vindo a agravar-se recentemente, com a intensificação da perseguição à “Igreja do Silêncio”, interdita pelo governo chinês por reconhecer apenas a autoridade do Vaticano e não a de Pequim. Centenas de igrejas foram fechados pelas autoridades e na semana passada o bispo de Baoding, Santiago Su Zhimin, foi visto pela primeira vez após ter sido detido pela polÃcia em Outubro de 1997 - desde então muitos governos e associações católicas reclamaram notÃcias do prelado e solicitaram a sua libertação, mas o governo chinês nunca informou nada a seu respeito. Os trabalhos apresentados nestes dias em Fátima deverão ser publicados em breve, segundo informam Missionários do Verbo Divino (SVD). Verbitas Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...