Jornadas Nacionais sobre Acolhimento na celebração dos 90 anos das Aparições de Fátima
“O Santuário, iniciativa divina em favor dos homens”, é o tema geral das Jornadas Nacionais sobre Acolhimento, actividade que terá lugar no próximo ano, em Fátima, no âmbito das comemorações dos 90 Anos das Aparições de Fátima, que se celebrarão em 2006 (aparições do Anjo) e em 2007 (aparições de Nossa Senhora).
Marcadas para os dias 17 e 18 de Fevereiro de 2006, no Centro Pastoral Paulo VI, as jornadas têm o programa praticamente definido. Abordará a perspectiva bíblica do Templo e a perspectiva cultural de Fátima, no seu fascínio da santidade do lugar. Em outro momento, será feita a apresentação do funcionamento actual das estruturas de acolhimento no Santuário de Fátima.
A realização destas jornadas é levada a efeito um dia antes da cerimónia de trasladação dos restos mortais da Irmã Lúcia para a Basílica do Santuário de Fátima, celebração que ocorrerá a 19 de Fevereiro.
Abertas à participação de todos, as jornadas sobre o acolhimento são organizadas com a colaboração da associação Servitas de Nossa Senhora de Fátima e dos vários serviços de acolhimento do Santuário.
O Reitor do Santuário de Fátima e o responsável pelo secretariado do programa dos “90 anos das Aparições”, o P. Armindo Janeiro, descrevem desta forma o itinerário de reflexão proposto para as jornadas nacionais: “Na origem do Santuário está uma iniciativa divina, concretizada no pedido da Senhora mais brilhante que o sol para que ali «fizessem uma Capelinha». Este pedido, assumido pelos responsáveis do Santuário, levou, ao longo destes 90 anos, à construção de diversas infra-estruturas e à organização de serviços de acolhimento. Com estas jornadas pretende-se reflectir sobre o modo como estamos a acolher o dom que Deus fez ao seu Povo em Fátima e, neste contexto, identificar os modos e os meios mais adequados para acolher cada vez melhor os peregrinos. O itinerário temático inicia-se com uma perspectiva bíblica, prossegue recolhendo a sensibilidade da cultural actual, para depois abordar o específico do Santuário de Fátima e reflectir sobre os serviços e estruturas de acolhimento, terminando com uma reflexão sobre o papel dos acolhedores”.
O Presidente da Direcção da Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima, António Corrêa de Oliveira, refere, a propósito da iniciativa, que “ os Servitas vêm colaborando na organização destas Jornadas e nelas participarão com muito empenho e muito interesse”.
“De facto, as Jornadas vêm ao encontro da reflexão que vimos fazendo no nosso Congresso. Sob o tema «Com os olhos em Maria, Renovar o Coração para acolher o Futuro», vimos reflectindo sobre quem somos e como somos, sobre o que fazemos e como fazemos, isto é, afinal, como ser fiéis ao compromisso que fizemos com Nossa Senhora, com Cristo e com a Sua Igreja. Na verdade, o Sim que cada Servita pronuncia no seu juramento precisa de ser renovado a cada momento para que ele possa verdadeiramente acolher aqueles que, em Fátima, procuram respostas, consolação e Paz. Por tudo isto, estamos muito interessados em partilhar experiências, reflectir em conjunto e conhecer melhor todos aqueles que, voluntários ou profissionais, servem como nós os Peregrinos de Fátima”, refere António Corrêa de Oliveira.
O responsável pela secção do Acolhimento aos Peregrinos a Pé no Santuário de Fátima, Jorge Miguel Pereira Jorge Ferreira, diz ter “a expectativa de que estas jornadas venham a ser um marco importante na vivência do voluntariado no Santuário de Fátima”.
“Vão permitir-nos a reflexão sobre o acolhimento que fazemos e sobre o sentir do peregrino, que precisa de ser bem acolhido. É com bastante satisfação que sinto o empenho do Santuário na comemoração das Aparições, e que as primeiras jornadas, estejam especialmente vocacionadas para aqueles que se disponibilizam para acolher, com a responsabilidade de quem tem um exemplo a dar”, refere.
Em convite dirigido em particular aos funcionários do Santuário de Fátima, o Padre José Baptista, do Serviço de Pastoral Litúrgica, refere: “Creio devermos, todos também, imbuir-nos deste espírito celebrativo (dos 90 anos das Aparições) para reavivarmos, ou começarmos simplesmente, a consciência dos acontecimentos ocorridos em 1916 e 1917 ou, mais tarde, em Tuy e Pontevedra. Celebrar, não apenas em tom festejante, mas em jeito de tornar presente a actuante nas nossas vidas o conteúdo dos acontecimentos, mais claramente: a Mensagem que o Anjo e Nossa Senhora nos trouxeram da parte de Deus”.