Observatório da Cultura reflecte sobre presença da Igreja no espaço público

A inserção da Igreja no espaço público, nomeadamente nos âmbitos da política, justiça, actividade editorial e blogosfera é o tema da edição de Novembro de 2010 do Observatório da Cultura.

Trata-se do número 14 da publicação semestral do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, instituição da Igreja ligada à Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Após a introdução do padre José Tolentino Mendonça, director do SNPC, intitulada “Igreja e espaço público”, apresentam-se textos das deputadas Maria do Rosário Carneiro e Assunção Cristas.

Henrique Raposo, investigador e colunista do “Expresso”, descreve “a ilegalização de Deus” em curso nas sociedades europeias e constata que a Igreja Católica Portuguesa tem sido incapaz de penetrar na linguagem da sociedade.

No domínio da justiça, o jurista Paulo Pinto de Albuquerque sublinha a importância da ação do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, fonte de jurisprudência para as instituições análogas existentes no mundo.

Os desafios colocados à actividade editorial católica e ao diálogo com a cultura contemporânea são apresentados pelos editores Henrique Mota, Zita Seabra e José Rui Teixeira. O jornalista João Gomes evoca a memória de Manuel Bidarra, editor da Multinova.

A presença da Igreja na blogosfera é analisada por três autores que contribuem regularmente para a publicação de textos neste meio cada vez mais importante para formar opiniões: o jornalista António Marujo e os juristas Rui Castro e Carlos Cunha.

A importância do Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud, inaugurado em Lisboa a 5 de Outubro, é sublinhada por Roque da Cunha Ferreira.

O Observatório da Cultura termina com um poema inédito de José Augusto Mourão.

Os textos desta edição serão gradualmente disponibilizados a no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.