No próximo sábado, dia 7 de Maio pelas 15h30, na Sé, será ordenado presbítero, pelo Bispo da Diocese, D. António Marto, frei Pedro Perdigão, da comunidade franciscana.
Pedro Perdigão, nasceu em Coimbra em 1969. Filho de Otília Pinto Vougo e José Henrique Perdigão é licenciado em Engenharia Geográfica pelo Universidade de Coimbra.
É o próprio Frei Pedro que aqui nos deixa o seu testemunho vocacional: “Dizem que a vida é cheia de surpresas, mas penso só alguns dias acabam por ficar na nossa memória. Um desses dias foi quando contei a alguém a decisão de dar um outro rumo à minha existência. Essa data ficou-me bem impressa. Hoje, depois de alguns anos, sinto-me sempre mais persuadido de que fiz a escolha certa. Foi também a mais forte, e por algumas circunstâncias a mais difícil da minha vida. De facto, no espaço de pouco tempo passei da minha casa ao convento dos Frades Menores Conventuais, da paróquia onde eu vivia, em Coimbra. Estávamos em 1996, e eu tinha então acabado de fazer 27 anos, praticamente estava noivo, quando começou a maior “aventura” que alguma vez poderia ter imaginado. Depois de um ano fui para Itália, para fazer o caminho de formação – entre noviciado e estudos de teologia. Mas, mais do que formação, foi um caminho de regeneração, de descoberta da minha identidade mais profunda. Este caminho levou-me, com a profissão perpétua em Coimbra, em 21 de Setembro de 2003, a “sigilar”, definitivamente, aquele passo, feito 8 anos atrás, nas “mãos de Deus”. Depois, no ano a seguir, em 23 de Outubro 2004, fui ordenado diácono em Pádua, começando assim uma nova etapa na minha vida de frade. Alguns dias depois vim para Viseu.
Agora encontro-me perto de um outro dia que vai marcar o começo de muitos outros dias, poderia dizer, de uma nova “aventura”: no dia 7 de Maio vou ser ordenado presbítero. E que dizer agora de tão grande mistério? Sei que posso afirmar, com toda a certeza, que Deus se fez companheiro, através de muitas pessoas, que partilham a mesma fé. E é nelas que cresce a alegria de estar ao Seu serviço todos os dias da minha vida, esperando que cada um seja em memória do nosso e único Senhor”.
