Mais um grande instrumento da música litúrgica na cidade do Porto
Órgão de tubos para a Igreja da Senhora da Boavista
A Igreja da Senhora da Boavista, instalada e integrada no complexo habitacional comummente designado por Foco, é um templo moderno, de equilibrada e sólida estrutura arquitectónica, com vitrais da autoria de Júlio Resende, vai receber agora um órgão de tubos.
Este projecto visava dotar a Igreja de um órgão litúrgico de média dimensão, que “permitirá cumprir, de forma cabal e permanente, a função de poio musical à liturgia”, como afirma o pároco, P. Júlio Carrara. Por outro lado, pretende também viabilizar uma programação musical regular com a realização de recitais e concertos de música sacra.
Um projecto destes demora sempre o seu tempo. Iniciado o processo em Março de 1999, com a elaboração de um documento programático por Rui Paiva, organista, professor do Conservatório Nacional e Director da Academia de Música de Santa Cecília, as comissões técnico-artística e fabriqueira, após consultas a vários organeiros, seleccionaram o espanhol Joaquim Lois, que assinou o contrato de construção em Janeiro de 2001. Joaquim Lois é um reputado organeiro espanhol que trabalhou em Madrid, Segóvia, Tordesilhas, tanto no restauro de órgãos antigos como na construção de novos.
Sob o impulso do pároco, Júlio Carrara, as diferentes fases do processo tiveram a colaboração de Luís Cabral, Rui Paiva, Rui Vieira Nery, Júlio Resende, Zulmiro de Carvalho, Manuel Casal Aguiar, Agostinho Ricca, Rui Calejo, Manuel Valença, António Loureiro, Alberto Plácido, Carlos Coelho, Jaime Vieira, Filipe Villas-Boas, Luís Cabral de Meneses.
O órgão encontra-se em fase final de construção, terá dois teclados manuais de 56 notas, uma pedaleira de 30, um conjunto de 21 registos e 1436 tubos.
Após os trabalhos de harmonização realizados em Março na Igreja, a construção prosseguiu na oficina do construtor em Tordesilhas, e o órgão está agora a ser instalado na ala poente da Igreja.
A bênção e inauguração está marcada para o dia 12 de Dezembro de 2004.
O projecto recebeu apoio financeiro da Diocese do Porto, da Câmara Municipal do Porto e da Comunidade paroquial da Senhora da Boavista.