Nacional

Os argumentos a favor do aborto soam a falso

Luís Félix
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“A insistência na liberalização do aborto é, claramente, uma obsessão ideológica dos seus promotores†e os “argumentos a favor de um novo referendo são muito frágeis e, neste caso, soam a falso†salienta um comunicado da Associação Mulheres em Acção (AMA) em resposta aos defensores do aborto “que têm a falsa intenção de ajudar as mulheresâ€. A AMA, que tem objecto social lutar contra todas as formas de discriminação entre homens e mulheres, sublinha que “são duas as vítimas da liberalização do aborto: o bebé e a sua mãeâ€. A mulher é atingida no “mais fundo do seu serâ€, do ponto de vista físico e psicológico. E hoje sabemos melhor do que nunca “quão destrutoras e dilacerantes são essas feridas: o síndroma pós-aborto; os riscos acrescidos de contracção do cancro da mama; os riscos de ficar estéril; a escondida insegurança do aborto legal; o envenenamento da intimidade conjugal, da sua afectividade e sexualidade, e da vida familiarâ€. Portanto, realça o documento, “é ultrajante esta tentativa de instrumentalizar a mulher para promover o abortoâ€. A intenção genuína não é a preocupação “pela saúde das mulheres e dos seus filhos: toda a gente sabe que os movimentos favoráveis ao “Sim†no último referendo não se mexeram muito, depois disso, - nem antes - para ajudar as mães em situação difícil, ao contrário do que fizeram os movimentos favoráveis à Mulher e à Vidaâ€. A questão do respeito pela vida humana é vital para a conformação da paisagem moral e civilizacional do século XXI: “a legalização do aborto, reconhecendo o direito de alguns a poder violar o fundamental direito à vida de outros, contradiz o ideal democrático e mina as próprias bases do Estado de Direitoâ€. E concluem: “aceitando que se violem os direitos do mais débilâ€, contribui-se para a “destruição das fibras éticas da sociedadeâ€, para a falta de solidariedade e de respeito pelo outro, para a “violência latente†e para a “banalidade do malâ€.


Aborto