“Se um carisma não for para o bem de toda a Igreja não é um carisma verdadeiro porque qualquer dom pessoal é sempre chamado a dom eclesial” – refere o documento final das X Jornadas Nacionais do Apostolado dos Leigos, realizadas em Fátima, de 11 a 13 de Fevereiro. Isabel Romão, presidente do Conselho Nacional de Movimentos e Obras (CNMO), disse à Agência ECCLESIA que esta iniciativa “não teve linhas de orientação nem conclusões” porque é impossível descrever a “totalidade dos dons”.
Cada movimento tem o seu carisma. A diversidade de dons “é uma manifestação do Espírito Santo que tem a sua plenitude na unidade/diversidade desses carismas. Cada Movimento/Obra deve sentir que faz parte de uma grande rede de carismas” – sublinha a presidente do CNMO. A diversidade de carismas promove uma “riqueza mais ampla e completa” pois cada um dá o seu “contributo pessoal e a comunidade vive do contributo de todos”.
“Movimentos/Obras, Levantemo-nos! Vamos” foi o tema central destas jornadas que pretendeu consciencializar os participantes para a “grande rede de carismas” existentes “no seio da Igreja”. Estes levam “à expansão e renovação” da Igreja” - acentua. O carisma é como uma “seta que indica o caminho a seguir”. Se este for verdadeiro “ninguém pode ficar parado com este dom”. O carisma traz em si um dinamismo “de crescimento pessoal e comunitário que conduz ao compromisso e à acção”.
Perante as condições actuais do mundo e da igreja reconheceu-se “a necessidade de cada movimento/obra aprofundar o seu carisma”. E finaliza: “os pastores têm a competência para discernir, promover e integrar o valor e autenticidade dos carismas para o bem da comunidade”.
