Superior Geral da Ordem dos Carmelitas Descalços apela para que os religiosos sejam «especialistas da comunhão»
“A vida religiosa tem de ser especialista em comunhão. Esta é a essência da essência da história cristã” - referiu o Superior Geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, no V Encontro Europeu de Estudantes de Teologia desta Ordem, a decorrer em Viana do Castelo, até dia 5 de Setembro. O Pe. Luís Aróstegui Gamboa de Santa Teresita, convidado a falar sobre «os desafios da cultura europeia ao Carmelo», constata que “existe uma grande unidade entre os carmelitas. Mas também existe uma diferença de percepção da causa”. O sacerdote afirma que existe uma necessidade de comunhão na Ordem, pois esta estende-se por continentes que têm aspectos culturais diferentes. “Neste contexto, a comunhão não se consegue pela uniformidade, mas pela comunhão espiritual profunda” - declara.
Aproveitando a realização deste encontro europeu para fazer um balanço da Pastoral Vocacional na Ordem, o Superior Geral faz uma afirmação curiosa sobre a falta de candidatos na Europa. “Deve existir uma questão antropológica, qualquer coisa que não cativa a juventude. Trata-se de um assunto para discutir e desenvolver”. Já na África e na América, conforme tem constatado, o problema é o discernimento vocacional: a extensão do território não favorece o acompanhamento vocacional.
“O fenómeno vocacional é cíclico. Não devemos utilizar a palavra «angústia» sob o ponto de vista da esperança e da fé. Antes, preocupação e meditação”, referiu o padre Luís Aróstegui Gamboa de Santa Teresita.