Nacional

Os militares portugueses são essenciais em Timor Leste

Luís Filipe Santos
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D. Januário Torgal Ferreira parte amanhã para Timor onde passará a quadra pascal com os militares portugueses.

Os soldados portugueses, que estão em Timor, irão receber D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, nesta quadra pascal. Aos militares, o prelado irá transmitir uma mensagem de esperança: “a respeitabilidade dos direitos humanos em Timor Leste são uma responsabilidade muito séria para as Forças Armadas que defendem o sentido da justiça sem a qual a paz é uma mera ficção”. Com partida marcada para amanhã, dia 7 de Abril, D. Januário Torgal Ferreira, esteve naquele território em 1996, refere também que foi “com coragem e pureza de um grande ideal que Timor construiu a autonomia com relevo prioritário para as dimensões do evangelho, encarnadas pelo bispo local: D. Carlos Ximenes Belo”. Aos militares irá pedir - adianta o prelado - que no “contacto com as populações tenham pedagogia e assumam atitudes adequadas que não choquem o estatuto normal de um povo que busca o desenvolvimento”. Passados alguns anos sobre a independência, a “paz ainda não está instalada”. E exemplifica: “um bispo local chegou a pedir às vias políticas às quais os militares portugueses estão subordinados que os mesmos tivessem em Timor até 2025”. Da parte do exterior “espreita a cada hora o perigo” e em ordem ao futuro, as expectativas de desenvolvimento de um povo são “muito diminutas” – referiu o prelado português. Com a nomeação de um novo bispo para Timor, será ordenado dia 25 de Abril, D. Januário Torgal Ferreira disse que “talvez possa aparecer um terceiro bispo” e depois “teremos ocasião de saudar uma nova Conferência Episcopal”. Sobre o novo bispo de Dili, D. Alberto Ricardo, o prelado das Forças Armadas realça que “é um homem de coragem que defendeu sempre um povo que não merecia nem o sangue nem a perseguição”.


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