Os segredos do "Terço Vivo"
Iniciativa mais bela da Europa na celebração dos 25 anos de Pontificado de João Paulo II
O Papa que para os portugueses é de Fátima juntou no dia 18 de Outubro mais de 40 mil pessoas que encheram o Estádio Nacional, no Jamor, para rezar o terço e festejar os 25 anos de pontificado de João Paulo II, respondendo a um convite do Patriarcado de Lisboa. O Núncio Apostólico considerou mesmo o “Terço Vivo” a manifestação mais bonita da Europa.
Francisco de Andrade, presidente da comissão organizadora, revela à ECCLESIA que “o grande segredo foram mesmo os motivos que levaram as pessoas ao Estádio: celebrar os 25 anos de Pontificado”. A isto acrescentou-se um “trabalho responsável” que atendeu aos mais Ãnfimos pormenores, uma “boa organização” e os meios de divulgação.
Uma comissão permanente de treze pessoas trabalhou desde Março, com reuniões semanais e outros encontros para organizar a celebração. Pessoas competentes nas suas áreas que trabalharam de forma profissional, organizando secretariados, meios informáticos, comunicações e uma hierarquia de competências.
“Foi preciso ter o cuidado de fazer tudo à medida dos nossos orçamentos – à s tantas percebemos que já tÃnhamos os meios suficientes para fazer algo digno – e começou-se a trabalhar de modo a não exagerar”, confessou o nosso entrevistado.
A montagem do projecto contou com a colaboração de muitas empresas, entidades públicas e privadas que “dando dinheiro, como no caso dos bancos, ou serviços” ajudaram a colocar de pé a produção que todos puderam testemunhar no Estádio Nacional.
As imagens mais forte desse dia foram as encenações cénicas, criadas pela comissão a partir de uma fotografia de 1950, envolvendo cinco mil voluntários. No relvado, 2500 pessoas deram forma às contas do rosário e 400 crianças formaram a cruz.
Os voluntários chegaram das paroquias do Patriarcado, movimentos, institutos religiosos, numa contribuição “sempre generosa e entusiasta” que esteve na origem de um resultado final surpreendente. A adesão foi tão imediata que no dia 15 de Junho todos estes conjuntos já estavam formados.
“Houve um responsável por cada movimento que arranjou 40 pessoas, para cada conta, e esse foi o nosso canal de comunicação com os grupos. O Filipe La Féria ajudou apenas na estruturação dos passos a dar – como se faz um guião, por exemplo”, revela o presidente da comissão organizadora.
A divulgação do acontecimento, fruto da conjugação de muitas energias, foi uma das chaves do sucesso. “Com o apoio das Câmaras circundantes – Lisboa, Sintra, Amadora, Cascais - e a de Oeiras foi possÃvel reunir meios para dar a conhecer a iniciativa: os cartazes, os outdoor por estas cidades. Além disso, tanto a RR como a RTP disponibilizaram-se desde logo para a transmissão em directo do Terço Vivo e isso foi importante”, revela Francisco de Andrade.
Passadas quase duas semanas sobre a celebração, cresce a consciência de que se viveu um acontecimento histórico. “As grandes manifestações religiosas estão associadas a Fátima, ao 13 de Maio, pelo que foi surpreendente haver uma festa dentro de Lisboa, linda e original, que encheu o coração das pessoas”, conclui.
João Paulo II - 25 Anos









