No encerramento das comemorações dos 300 anos dos Espiritanos, o Superior Provincial está preocupado com o fim do acordo missionário.
No encerramento das comemorações dos 300 anos da fundação dos Missionário Espiritanos, o Pe. Eduardo Miranda, Superior Provincial desta Congregação realça à Agência ECCLESIA que a melhor prenda e ao mesmo tempo desafio para os Espiritanos seria “vermos na nova Concordata, onde o Acordo Missionário terá o seu fim, a salvaguarda do património missionário da Igreja Portuguesa e dos Institutos que se dedicam à missionação, particularmente nos países lusófonos”. O término deste Jubileu realizar-se-á no Dia de Pentecostes, 8 de Junho, o Superior Provincial pede também para que o “Espírito Santo derrame sobre cada um dos membros da congregação a abundância dos seus dons para de novo se fazerem ao largo”.
Tudo começou em 1703, em Paris, onde Cláudio Poullart des Places e Francisco Libermann «deram à luz» a Congregação do Espirito Santo e do Imaculado Coração de Maria. Para comemorar este nascimento “propusemo-nos visitar o passado e perceber o contexto em que surgimos” mas também a “atitude de fé que tomou conta dos nossos fundadores e que os fez responder de forma tão criativa às várias problemáticas que enfrentavam”. A viagem aos arquivos não ocupou o tempo todo das comemorações porque “queremos perceber também os desafios de hoje” à imitação “dos nossos fundadores” – salientou o Superior Provincial.
Como diz o ditado popular: - «à terceira é de vez». Foi o que aconteceu com as comemorações do terceiro centenário porque “é a primeira vez que podemos celebrar um centenário com algum alívio e em circunstâncias relativamente normais”. Em 1803, a Congregação foi dissolvida na onda da Revolução Francesa e os bens confiscados. Cem anos mais tarde, “tivemos momentos conturbados que ameaçaram o coração da congregação”, o primeiro ministro francês da altura declarou ilegalidade a 44 institutos religiosos, incluindo os Missionários Espiritanos. Em 2003 tudo foi diferente e “realizámos várias iniciativas” ao qual se associou João Paulo II, escreveu uma mensagem e recebeu o Conselho Geral dos Espiritanos, e a Conferência Episcopal Portuguesa escreveu uma nota pastoral sobre estas comemorações – finalizou o Pe. Eduardo Miranda.