Nacional

Paredes recorda Monsenhor Moreira das Neves

Luís Filipe Santos
...

Celebra-se amanhã o centenário de nascimento deste padre, poeta e jornalista

A Câmara Municipal de Paredes (Porto) recordou a figura de Monsenhor Moreira das Neves num congresso sobre o «Centenário do nascimento de Monsenhor Moreira das Neves». Durante o dia de hoje (17 de Novembro) e amanhã, na Casa da Cultura daquela localidade vários conferencistas colocaram em destaque o cidadão que era originário de uma das freguesias do Concelho (Gandra). “Tentámos perceber e compreender melhor todo o papel que ele desempenhou durante a sua vida†– disse à Agência ECCLESIA Andreia Rafael, da Coordenação Técnica das Jornadas. O Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Paredes, Pedro Mendes, referiu que o Pe. Moreira das Neves foi uma figura “marcante deste municípioâ€. As conferências abordam as facetas deste homem “multifacetado que marcou a história de Portugalâ€. “Um contributo para que os paredenses conheçam melhor e mais profundamente este conterrâneo†– disse Pedro Mendes. Se fosse vivo, o Pe. Moreira das Neves celebrava 100 anos de vida amanhã (18 de Novembro). Padre, Jornalista e Poeta, este paredense foi colaborador do Jornal «A Ordem» entre 1931 e 1992. . “Escreveu o último artigo 8 dias antes de morrer†– referiu à Agência ECCLESIA Moura Pacheco, director do Jornal «A Ordem». Na série intitulada «Almas descobertas» escreveu “mais de três centenas de artigos†onde ia encontrar “o lado positivo das pessoas, coisas, instituições e lugaresâ€. E acrescenta: “cada artigo era uma almaâ€. A maneira de ele exercer o seu sacerdócio “era escrevendo†– afirma Moura Pacheco. O Pe. Moreira das Neves foi um excelente crítico da literatura portuguesa do século XIX .â€Quer como conferencista ou jornalista era sempre um padre a actuar†– avançou o director deste órgão de Comunicação Social. A sua obra poética transmitia a “sua personalidade e a seu carácter de homem religiosoâ€. Moura Pacheco não trabalhou directamente com o Pe. Moreira das Neves mas o “meu pai era intimo amigo deleâ€. Na sua conferência das jornadas, o director do jornal referiu também que quando era estudante universitário em Lisboa visitou-o muitas vezes. “Fui muitas vezes jantar a casa dele†– referiu. E acrescenta: “gostava muito que eu lhe contasse o que se passava na Universidadeâ€. «O ano da morte de Moreira das Neves e outros dados» foi o tema da conferência do Pe. Correia Fernandes, director do jornal «A Voz Portucalense». Em declarações à Agência ECCLESIA o conferencista sublinhou que recordou o ano do falecimento do homenageado, em 1992, e os acontecimentos vividos na altura: “preparava-se a TVI e falava-se de Timorâ€. Baseando-se nas «críticas» feitas a livros dele saídos no antecessor da «Voz Portucalense» - chamava-se a «Voz do Pastor» - o Pe. Manuel Correia Fernandes realça que ele era considerado “um poeta da tradição e da modernidadeâ€. Tem um livro de poemas “dedicado a Nossa Senhora†– frisou. Sendo multifacetado, o Pe. Moreira das Neves foi o autor “das Armas episcopais de D. Júlio Tavares Rebimbas, bispo emérito do Porto, e de muitos textos que estão musicados†– finalizou o Pe. Correia Fernandes Notícias relacionadas • Moreira das Neves: padre, jornalista e poeta


História da Igreja