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Páscoa, paz e alegria

Luís Filipe Santos
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Páscoa, paz e alegria Mensagens do Episcopado em Dia de Páscoa “Páscoa, exigência de Paz e alegria”. O título da mensagem de D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, sintetiza as linhas fundamentais das reflexões pascais do episcopado português: situar a Páscoa no ambiente de guerra que estamos a viver. A guerra e a violência que marcaram esta Páscoa “são manifestações de uma criação ainda marcada pelo orgulho do homem”, ainda longe da Salvação de Jesus Cristo, defendeu o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Nesse mesmo sentido, D. António Vitalino, Bispo de Beja, alerta que “quando os poderosos desta terra usam a força para eliminar os ditadores, os cristãos devem olhar para Jesus Cristo e tirar as consequências do seu exemplo de amor extremo”. É no mundo marcado por “privações, sofrimentos, paixões, condenações, calvários e cruz” que se torna fundamental, segundo D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto, a “felicidade da alegria pascal”, “encontrar a alegria interior, dar dela testemunho e ser construtor da alegria”. Nesse mesmo sentido, D. Teodoro de Faria, Bispo do Funchal, sublinhou que “a profissão de Fé na Ressurreição de Jesus Cristo traz consigo o perfume de uma paz que habita nos corações, mesmo se oprimidos pelas consequências desumanas de uma guerra”. “Num mundo que vê perigar a memória das suas conquistas humanas e encara o futuro com angústia, os cristãos devem ser os homens e as mulheres da esperança”, precisa D. António Braga, Bispo de Angra. As consequências do que aconteceu no Iraque permitem encontrar motivos para essa esperança. D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, convida mesmo a “cantar Aleluia pela nova sensibilidade cada vez mais contrária à guerra como instrumento de solução dos conflitos entre os povos”. A Páscoa foi também tempo para exortar os cristãos a participarem nas Missas dominicais. D. José Policarpo alertou os seus fiéis que “é impossível renovar a Igreja sem aprofundar a maneira de celebrar a Eucaristia como encontro com o Senhor vivo”. “O Domingo é o dia em que o cristão é chamado a lembrar a salvação que lhe foi oferecida e o tornou homem novo em Cristo”, afirmou. D. António Vitalino também referiu que “sem a participação nesta Páscoa anual, renovada semanalmente na Eucaristia dominical, não teremos capacidade de viver a nossa Páscoa e ajudar o mundo”.


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