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Pastoral alerta para discriminação nas universidades

Renascença (RR)
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Ainda há focos de racismo e xenofobia no meio universitário português. A denúncia é da Pastoral Universitária do Patriarcado de Lisboa. Um problema que foi analisado no encontro de fim de ano deste sector da acção da Igreja, onde se examinou serem os estudantes vindos dos países de língua portuguesa os principais alvos da discriminação. É importante educar a sociedade portuguesa para melhorar o acolhimento destes jovens que procuram no nosso país a formação superior que não têm nos seus países de origem. É este o apelo que saiu deste encontro em Lisboa, onde foram partilhados os problemas deste jovens, a começar por alguns sinais de racismo e xenofobia no meio universitário. Um caso que reflecte dificuldades de integração e acolhimento destes estudantes, mas há também outro tipo de problemas que reflectem o seu do dia-a-dia, como precisarem de ajudas em material escolar, livros e fotocópias e apoio nos passes - explicou Helena Neves, responsável pela Pastoral Universitária do Patriarcado de Lisboa, "O problema dos bolseiros é se não têm aproveitamento e a perda da bolsa a meio do curso vem complicar muito a vida destes estudantes", referiu esta responsável. E um outro problema que está a surgir, prende-se com o facto da maioria destes jovens oriundos dos PALOP’S optarem pelas universidades privadas que lhes oferecem algumas facilidades. O problema é que depois, no fim dos cursos, não sabem como compensar as ajudas que receberam. "Têm pequenas reduções nas propinas e a possibilidade de fazer os pagamentos no final do curso, nesta fase é que surgem as dificuldades que é terem trabalho que lhes possibilite o pagamento dos seus cursos", esclareceu Helena Neves.


Pastoral Universitária