Igreja/Portugal: Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família espera maior atenção aos jovens

Fátima, 06 jan 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), D. Joaquim Mendes, defendeu hoje em Fátima uma “conversão pastoral” para uma Igreja “em saída” e de portas abertas, ao encontro dos jovens, na linha das preocupações do atual Papa.

“Que as nossas comunidades olhem os jovens de outra maneira, com mais atenção, mais carinho, mais abertura, dando-lhes espaço”, pediu o bispo auxiliar de Lisboa, em declarações à Agência ECCLESIA, durante a VI Jornadas Nacionais de Pastoral Juvenil.

Para o responsável, é necessário “caminhar juntos” com os jovens e fazer um caminho entre os vários organismos católicos que acompanham o setor, em Portugal, em particular na necessidade de “rever” o acompanhamento, em ligação com a pastoral familiar.

D. Joaquim Mendes sustenta que todos os envolvidos neste campo devem ser agentes “mobilizadores” para que todos possam entrar na dinâmica da assembleia do Sínodo dos Bispos que o Papa Francisco convocou para este ano, dedicado aos jovens e ao discernimento vocacional.

“O Papa pede os contributos dos jovens, quer ouvi-los”, assinala o presidente da CELF, para quem é necessário que todos sejam “motivadores” da participação das comunidades cristãs.

O bispo auxiliar de Lisboa que os jovens são sensíveis à realidade da “família” e ao desejo de que a Igreja seja uma “casa”.

“No fundo, trata-se de reconstruir um ambiente familiar para a pastoral familiar”, realçou.

O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), padre Filipe Diniz, anunciou esta sexta-feira, no 1º Conselho Nacional de Pastoral Juvenil de 2018, o envio de um questionário aos secretariados e movimentos juvenis, para seguirem nesta "missão conjunta".

“Pretendemos cultivar o caminho da compreensão e do acolhimento, entendemos que o departamento nacional é um órgão nacional mas que precisa de congregar todos e o questionário pretende conhecer a realidade do que se faz para no futuro daí nascer uma planificação”, disse à Agência ECCLESIA.

Como se pode ler no portal do DNPJ, as conclusões dos inquéritos vão ser apresentadas no próximo Conselho Nacional, a 16 de junho.

Até ao Sínodo dos Bispos dedicado à juventude, marcado para outubro, no Vaticano, o padre Filipe Diniz tem a expectativa de ficar com a “noção da realidade portuguesa” e também daí “ter elementos para fazer caminho”.

A temática foi também abordada nas Jornadas Nacionais de Pastoral Juvenil a decorrer neste sábado, sob o tema ‘Pastoral Juvenil e Família’.

“Estas jornadas servem para refletir sobre o sínodo, onde a dimensão da escuta é tão importante e conseguir depois um verdadeiro e sentido acompanhamento da realidade juvenil”, disse.

CB/SN/OC

Notícia atualizada às 23h59