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Comunidade Vida e Paz: É possível que «não haja ninguém na rua por falta de condições» até 2020

Agência Ecclesia
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Instituição lança petição pública «pela dignidade humana das pessoas em situação de sem-abrigo»

Lisboa, 18 out 2016 (Ecclesia) – A Comunidade Vida e Paz (CVP) criou uma petição pública pela dignidade humana das pessoas em situação de sem-abrigo e convida “todos os portugueses” a manifestarem o seu sentido “cívico” assinando-a e tornando visível essa “preocupação e missão”.

Henrique Joaquim, presidente da instituição, explica que com a petição pública pretendem que o “Governo retome a estratégia anterior”, pois acredita ser possível que, “até 2020, não haja ninguém na rua por falta de condições”.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a CVP informa que a petição pública ao “dar voz à causa” das pessoas que vivem nas ruas pretende solicitar ao Governo que implemente uma ‘Estratégia Nacional de Intervenção pela Dignidade Humana das Pessoas em Situação de sem-abrigo’.

A Comunidade Vida e Paz, com a experiência de quem adotou e procurou agir de acordo com a estratégia nacional que acabou em 2015, acredita “ser pertinente e urgente a implementação de uma nova estratégia com o horizonte 2020”.

A Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em situação de Sem-Abrigo delineada entre 2009 e 2015 indicava para a tomada de consciência da existência desse fenómeno social complexo e da “necessidade de uma melhor articulação entre as respostas existentes” para evitar uma “duplicação de esforços e recursos públicos e privados”.

“Embora tenha sido recomendado ao Governo, por parte da Assembleia da República, uma avaliação do impacto da estratégia, até à data nada de sabe acerca do mesmo”, refere a CVP, acrescentando que a perceção é que a “execução foi baixa” o que “justifica a sua renovação”.

A petição pública foi lançada esta segunda-feira, no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, pela organização católica que apoia atualmente cerca de 500 pessoas em situação de sem-abrigo através das Equipas de Rua e cerca de 200 utentes internados nas suas Comunidades Terapêuticas e de Inserção.

CB/PR



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