Porto: «Deus não é um mero espetador das nossas desgraças» - D. Pio Alves
Bispo auxiliar presidiu na Trofa às festas em honra de Nossa Senhora das Dores
Trofa, 21 ago 2017 (Ecclesia) – D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto, desafiou os cristãos a levarem “sem medo” a esperança cristã a uma sociedade muitas vezes tomada pelo “sofrimento, pela dor” mas também pela “incompreensão” de Deus.
Na missa da festa de Nossa Senhora das Dores, em S. Martinho de Bougado, na Trofa, o responsável católico lembrou que “Deus não é um mero espetador das nossas desgraças, mas não se sobrepõe à nossa liberdade”.
“Imaginamo-nos diferentes para – supostamente – nos colocarmos fora da órbita de Deus; enclausuramo-nos no mundo que construímos para dizer, a seguir, que Deus nos voltou as costas; falsos donos do mundo, da natureza, rompemos a harmonia do universo e baralhamos e pervertemos a convivência social”, apontou o prelado, na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Para D. Pio Alves, “cabe a todos os crentes, no mais profundo respeito pelas opções de vida de todas as pessoas, tornar visível – com humildade, mas sem medo – a importância dos valores do Evangelho na construção de uma sociedade mais justa e mais acolhedora”.
O bispo auxiliar do Porto deu como exemplo a festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade e do concelho da Trofa, que teve lugar na capela de S. Martinho de Bougado.
“Sob o nome e o manto da Senhora das Dores, desenvolve-se o dia-a-dia das nossas vidas. Independentemente dos diferentes níveis de prática religiosa católica, para a imensa maioria da população da Trofa, a Senhora das Dores – espaço e Pessoa – é uma referência insubstituível”, sustentou.
Neste sentido, cabe a cada crente “fazer com que esta rica realidade cultural não perca a sua matriz cristã”, completou.
JCP
Diocese do Porto