Nacional

Portugal: «Alheamento social» é um sinal preocupante

Agência Ecclesia
...
Pastoral da Cultura 2014
Pastoral da Cultura 2014

D. Pio Alves de Sousa na abertura das Jornadas da Pastoral da Cultura

Fátima, Santarém, 30 mai 2014 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Socais, D. Pio Alves, disse hoje há “sinais preocupantes e atuais de alheamento social” que é necessário resolver a partir de um “diagnóstico ajustado à realidade”.

D. Pio Alves afirmou, na sessão de abertura da Jornada da Pastoral da Cultura, a pertinência de refletir sobre razões que ajudem a “não desistir”.

“A oportunidade desta Jornada de reflexão, assumidamente virada para a nossa Sociedade, dar-nos-á mais razões, para, especialmente em nome dos mais desfavorecidos, não desistir”, disse o bispo auxiliar do Porto.

“Portugal: a saúde da democracia” é, de acordo com a afirmação do presidente da Comissão Episcopal, uma “importante e urgente temática” em debate na 10ª Jornada da Pastoral da Cultura, que hoje decorre em Fátima.

Para D. Pio Alves, é necessário encontrar “estruturas jurídico-políticas nas quais todos os cidadãos tenham a possibilidade efetiva de participar livre e ativamente” e os cidadãos “têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum”, afirmou citando a Constituição Pastoral Gaudium et Spes

“Mal poderá (…) o homem chegar a este sentido de responsabilidade, se as condições de vida lhe não permitirem tornar-se consciente da própria dignidade e responder à sua vocação”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a partir do documento do Concílio Vaticano II.

“Estes dois textos estabelecem um desejável quadro social, do qual derivam direitos e deveres. Recordam, também, circunstâncias, de diferente sentido, que afastam o homem da realização deste projeto”, sustentou D. Pio Alves na sessão de abertura da Jornada da Pastoral da Cultura, desejando que a reflexão se desenvolva “tendo à vista este contexto cultural, social e pessoal”.

“Os nossos convidados não procedem do mundo da Teologia, mas de variadas áreas de intervenção na vida do nosso País. Partilham todos o denominador comum de uma matriz cultural com as marcas dos valores cristãos”, referiu no início dos trabalhos da Jornada da Pastoral da Cultura.

PR



Portugal Cultura