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Portugal: Bispo das Forças Armadas e de Segurança critica «despersonalização da sociedade»

Agência Ecclesia
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D. Manuel Linda considera que os legisladores reduzem «maternidade a uma mera operação técnico-científica»

Lisboa, 17 jun 2016 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança critica a redução da “maternidade a uma mera operação técnico-científica” pelos legisladores portugueses e mundiais, em casos como as “barrigas de aluguer”, que querem “induzir a despersonalização da sociedade”.

“Todos nós sabemos, há décadas e décadas, que na gestação humana se estabelece uma tal transferência de emoções que o bebé acorda quando a mãe acorda, relaxa quando a mãe relaxa, agita-se quando a mãe se altera”, escreveu D. Manuel Linda.

Num artigo de opinião, publicado hoje na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, o prelado observa que nem todos parecem saber que a maternidade” transmite muito mais que uma simples carga genética de DNA”.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança critica os legisladores portugueses e de outras partes do ‘primeiro mundo’ por induzirem a “despersonalização da sociedade” ao terem a “coragem de imaginar” que uma criança pode receber de uma senhora, “dita «barriga de aluguer», praticamente tudo o que a constitui pessoa”.

“Não reduziam a maternidade a uma mera operação técnico-científica. Não confundiriam a conceção humana com o processo de fabrico de um computador ou de um saco plástico”, observa.

A análise de D. Manuel Linda partiu da visita a uma equipa cinotécnica e da história de uma “permuta” de «sentimentos» entre os animais, mais concretamente a “interligação” do cão com o seu tratador.

O bispo castrense recorda que um monitor fez uma luxação numa perna e ficou a coxear durante umas semanas e, passados quatro ou cinco dias, “o cão também mancava”: “Após exames aturados (o veterinário) não detetou qualquer problema ou doença, o cão sintonizava tanto com o seu tratador que chegou ao ponto de o imitar no gesto de coxear.”

Neste contexto, o prelado recomenda aos legisladores portugueses, e de outras partes do ‘primeiro mundo’, visitem uma unidade cinotécnica e “observem os laços que se estabelecem entre o animal e o homem”.

“E agora imaginem as relações que se criam entre humanos… Será pedir demais?”, escreve D. Manuel Linda, bispo das Forças Armadas e de Segurança e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA.

CB/PR



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