Várias centenas de devotos reuniram-se ontem, em Balasar, para celebrarem a primeira festa em honra da beata Alexandrina Maria da Costa, «que viveu dominada pelo ideal eucarístico», como referiu D. Antonino Dias na missa que terminou com uma homenagem ao padre Francisco Dias de Azevedo.
Na homilia que proferiu perante este sacerdote, pároco de Balasar há dezenas de anos, o Arcebispo Emérito de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, o arcipreste de Póvoa de Varzim/Vila do Conde e mais duas dezenas de sacerdotes e diáconos, o Bispo Auxiliar de Braga falou da importância do Congresso Eucarístico Internacional a decorrer no México, e no qual o Arcebispo Primaz está a representar a Conferência Episcopal Portuguesa.
«Ao celebrarmos, hoje, a Eucaristia, aqui, neste lugar, terra de Alexandrina, fazemo-lo em pleno coração do Congresso Eucarístico Internacional que, durante esta semana, está a decorrer em Guadalajara, no México, “terra de mártires que encontraram na Eucaristia a força e a coragem para entregar a vida pelo seu povo e pela sua fé”», disse D. Antonino Dias.
Essa foi também a vontade de Alexandrina de Balasar, mulher beatificada em Abril passado em Roma pelo Papa João Paulo II. Foi «a serva humilde e simples, sofredora e alegre, despojada e pobre, atenta e dedicada, generosa e feita oblação ao Senhor», afirmou o prelado, antes de citar alguns dos seus escritos.
«O seu dia-a-dia foi uma oração incessante, com uma particular união a todas as missas que se celebravam dia e noite, e em adoração diante de todos os sacrários do mundo, onde Jesus está presente. A mesma devoção eucarística levou-a a privilegiar a quinta-feira — continuou o prelado —, o dia em que o Senhor instituiu o Santíssimo Sacramento [a Eucaristia], e deixou-nos um património imenso de orações a demonstrar o seu grande amor aos sacrários de todo o mundo, num coração cheio de amor simples, comprometido com a sorte dos outros, abrangente e universal».
No final da cerimónia, foi feita uma homenagem ao padre Francisco Azevedo que, no domingo, passa a orientação paroquial ao padre José Barbosa Granja. E leu-se uma mensagem de D. Jorge Ortiga, enviada do México, em que afirma que a Arquidiocese «não esquecerá o seu trabalho».
Do novo pároco de Balasar, diz o Arcebispo Primaz, espera-se que «assuma com o mesmo ardor a causa de beata Alexandrina tornando-a mais conhecida, e proporcionando condições de acolhimento aos peregrinos para que, em Igreja, aconteça o milagre necessário para a canonização».