Prioresa do Carmelo de Coimbra fala da sua menina Agência Ecclesia 16 de Fevereiro de 2005, às 17:51 ... Testemunho sobre a morte da Irmã Lúcia A prioresa do Carmelo de Coimbra revela, em entrevista exclusiva ao programa ECCESIA, que a Irmã Lúcia se tinha tornado “a nossa meninaâ€. “Desde o dia 21 de Novembro, que foi quando piorou, ela tornou-se mais dependente de nós e passámos a tratá-la como a nossa meninaâ€, afirma comovida. A sua partida deixa alguma tristeza. “Fazia parte da nossa vida e, como devem compreender, num Carmelo, numa vida de clausura, esse contacto é de 24 horas por diaâ€, constata a prioresa. A Comunidade do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, foi a casa da Irmã Lúcia desde 1948. Menos de 20 irmãs partilharam intimamente os últimos momentos da Vidente de Fátima. A Ir. Maria Celina de Jesus, pastora como a Vidente, conviveu com ela 28 anos e considerava a Irmã Lúcia como “a jóia do Conventoâ€, mas adianta que “a sua vida dentro do Carmelo era igual à das outras, embora a idade a tenha tornado mais frágil e a médica a tenha aconselhado a resguardar-se do frio, pelo que ouvia a Missa da sua celaâ€, relata. Nem mesmo o “peso†do segredo, que Lúcia carregou consigo durante décadas, modificava a humildade e a simplicidade da pastorinha. A prioresa do Carmelo de Santa Teresa recorda mesmo que, da primeira vez que contactou com ela, “estive oito dias sem saber que era a Lúcia de Fátimaâ€. A ligação da Vidente aos Papas, à conversão da Rússia, à mensagem de Fátima é interpretada por esta religiosa Carmelita como o cumprimento de uma missão muito própria. “Não foi a Irmã Lúcia quem quis dar essa mensagem, ela foi encarregada de levá-la aos outrosâ€, considera. A prioresa do Carmelo de Santa Teresa fez questão de destacar “a normalidade das suas conversasâ€, vincando que as restantes irmãs “não faziam perguntasâ€. Sobre o futuro sem a presença da Irmã Lúcia, Ir. Maria Celina de Jesus mostra a certeza de que “ela está connosco, de outra formaâ€. Um eventual despertar de vocações para a Vida Contemplativa, motivado pelo exemplo de vida da pastorinha, é uma hipótese que a prioresa do Carmelo de Coimbra vê com agrado. “Por acaso, a minha vocação nasceu quando ouvi falar desta casa em que a pastorinha vivia só para rezarâ€, lembrou. Parte desta entrevista será emitida no programa ECCLESIA de amanhã, quinta-feira, pelas 18h00, na :2. Entrevista na Ãntegra O Carmelo de Coimbra sem a Irmã Lúcia Pastorinhos de Fátima Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...