Os promotores da petição para um referendo sobre a procriação medicamente assistida, que já reuniram mais de 40 mil assinaturas, defendem, em documento enviado à Agência ECCLESIA, que o sucesso da iniciativa comprova a necessidade de “esclarecer a população”.
Sofia Guedes, uma das mandatárias da Petição que tem liderado grupos de rua para angariação de assinaturas, comprova: “A maior parte das pessoas não sabe quase nada sobre este assunto. Temos de explicar tudo, muitas vezes uma assinatura leva-nos quase 10 minutos”.
Neste sentido, a Federação Portuguesa Pela Vida vai intensificar a realização de sessões de esclarecimento e os debates “que têm registado cada vez mais participantes e de onde a FPPVida tem conseguido muitos voluntários que se empenham na recolha de assinaturas”.
Isilda Pegado, presidente da FPPVida explica que “a procriação artificial é um assunto difícil. Envolve algum conhecimento técnico que a generalidade das pessoas não tem. Queremos reunir grupos de pessoas nas associações, nas paróquias, onde pudermos. A comunicação social tem aqui um papel decisivo, seja através da publicação de matérias e entrevistas seja na divulgação das referidas sessões.”
Considerando que a PMA é “essencialmente uma questão civilizacional”, a responsável frisa que este tema “não é religioso nem político”.
A campanha porém prossegue até 15 de Abril. O comité Pró-referendo é de carácter laico e visa propor que, no país, exista um debate público sobre estas matérias.
Para que, dum ponto de vista formal, a Petição obrigue a Assembleia da República a discutir a proposta de referendo são precisas 75 mil assinaturas. Mais informações em www.referendo-pma.org