Dehonianos em Portugal reunidos em Lisboa para compreender os desafios de hoje à missão dos religiosos
Escolas, paróquias, obras sociais e missões em países do terceiro mundo: um rápido olhar sobre a Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) permite perceber que é grande o campo de acção a que estes religiosos se dedicam. Contudo, não é por aí que querem medir a qualidade do seu testemunho de Vida Religiosa nem a sua fidelidade à herança espiritual deixada pelo Pe. Dehon, fundador da Congregação.
De 13 a 16 de Abril de 2004,mais de dois terços dos Dehonianos em Portugal estão reunidos, em Alfragide, para a II Semana da Província, um tempo anual de encontro, oração e reflexão sobre os desafios de hoje à missão dos religiosos.
O provincial português, Pe. Manuel Barbosa, explica à Agência ECCLESIA que “é importante tentar perceber como se vive a nossa espiritualidade em cada comunidade, qual a sua vida de oração, para partir rumo a atitudes, valores e vivências concretas da mesma”.
“Nós fazemos muitas coisas, mas temos de saber seleccionar, consolidar o nosso trabalho com aquilo que somos”, acrescenta.
Nesse sentido, os cerca de 70 participantes, das comunidades da Madeira, Açores e Continente, têm como tema de estudo “Espiritualidade Dehoniana e desafios para a nossa missão hoje”, tendo sido convidados vários especialistas como o Pe. Cláudio Weber, Assistente Geral da Congregação, Armando Sales Luís, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Eduardo Franco, escritor, e Paulo Rocha, director da Agência Ecclesia.
Fruto de dinamismos “internos e externos” a Congregação em Portugal vive uma época de mudança que passa pela reformulação do acompanhamento na pastoral vocacional, com alterações no modelo dos seminários menores, como pelo início de uma missão em Angola em cooperação com as províncias de Itália e Moçambique.
Os Dehonianos em Portugal são ainda desafiados, segundo o provincial, a uma atenção especial para com a família dehoniana, um conceito que o último Capítulo Geral ajudou a clarificar. “Pedimos aos grupos de reflexão que sugerissem acções para envolver os leigos na vivência e divulgação desta espiritualidade, vivendo o nosso carisma”, disse o Pe. Manuel Barbosa.