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Quaresma: Bispo de Angra apela ao conhecimento dos «problemas concretos das pessoas»

Agência Ecclesia
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igrejaacores.pt
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D. António de Sousa Braga informa que renúncia quaresmal vai ajudar refugiados, através da Cáritas

Angra do Heroísmo, Açores, 02 fev 2016 (Ecclesia) – O bispo de Angra pediu à Igreja local que se deixem “incomodar e interpelar” pela realidade que os rodeia e pelos “problemas concretos das pessoas”, na sua mensagem para a Quaresma onde apela a uma pastoral de misericórdia.

“Não podemos ficar nos templos à espera das pessoas. Temos de sair dos templos e ir ao encontro lá onde vivem e labutam. Temos de ser «+Próximo» do nosso próximo. Temos de ser ‘missionários’ presentes e atuantes na vida das pessoas lá onde é precisa mais misericórdia”, escreve D. António de Sousa Braga.

Na mensagem para a Quaresma 2016, o prelado sublinha que uma pastoral da misericórdia tem de se deixar “interpelar e incomodar pela realidade” que os rodeia e pelos “problemas concretos das pessoas”.

O bispo de Angra frisa que tem de “estar atenta e conhecer” a realidade para ao estar próxima das pessoas, evitar duas tentações: “A ‘espiritualidade da miragem’, em que não se vê o que acontece à nossa volta, ou ‘a fé por tabela’, que já tem a resposta feita, antes de conhecer a realidade.”

Neste contexto, ‘+ Próximo’ é o lema escolhido para a Quaresma 2016 retirado de um programa (2011-2014) da Caritas Portuguesa, informa D. António de Sousa Braga, na mensagem publicada no sítio online da Diocese de Angra.

O bispo de Angra apela a que durante a Quaresma, este ano a partir de 10 de fevereiro, renuncie-se a “algo habitual” para “ajudar os refugiados, que vêm para Portugal”.

A renúncia quaresmal que vai ser entregue no ofertório da Missa de Domingo de Ramos (20 de março) vai ser dividida entre a Caritas Nacional e a Caritas dos Açores: “As instituições que em nome da Igreja em Portugal dão apoio aos refugiados, independentemente da sua raça, religião e nação”, explica.

A Quaresma, que se inicia com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

D. António de Sousa Braga destaca também que a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à diocese é um “momento especial de graça” de preparação para viverem a Quaresma, do Ano Santo da Misericórdia, como “momento propício de conversão e de mudança de vida”.

CB



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