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Quaresma: Bispo de Angra critica «cultura» ao serviço de «interesses particulares e de grupo»

Agência Ecclesia
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Foto: Igrejaacores.pt
Foto: Igrejaacores.pt

D. João Lavrador deixou na missa das Cinzas uma mensagem para os «decisores políticos»

Angra do Heroísmo, Açores, 02 mar 2017 (Ecclesia) – O bispo de Angra, nos Açores, abriu o tempo litúrgico da Quaresma com críticas a uma “cultura” que “manipula” a “verdade” e a opinião pública em benefício de “interesses particulares e de grupo”.

Durante a Missa das Cinzas, esta quarta-feira na Sé de Angra do Heroísmo, D. João Lavrador salientou que os cristãos “não podem descansar” perante um contexto que “desvia a inteligência humana da nobre missão” que é a defesa “da dignidade humana e do bem comum”.

“Sem a segurança dos fundamentos, a pessoa humana fica à deriva e de autor transforma-se em vítima de si mesma e das suas próprias descobertas”, apontou o responsável católico, que segundo o portal ‘Igreja Açores’ deixou ainda uma mensagem aos “decisores políticos”.

O prelado pediu que estes coloquem o respeito pela dignidade humana no “centro das suas decisões”, sustentou.

Sobre o tempo quaresmal que agora está em marcha, de preparação para a Páscoa, o bispo da Diocese de Angra considerou-o como “uma entusiasmante caminhada” de “renovação” e de “conversão”, a começar no coração de cada um.

“Temos de rasgar o nosso coração para deixar entrar a Deus, que é misericórdia e bondade, mas também para deixar entrar os pobres, os desempregados, os famintos, os excluídos social, económica e religiosamente, os presos e tratá-los com o coração”, frisou o responsável católico.

Este ano a renúncia quaresmal da Diocese de Angra vai ser “destinada ao fundo diocesano de apoio às crianças em pobreza extrema”.

D. João Lavrador incentivou as comunidades a viverem “a verdadeira identidade cristã”, na atenção aos mais necessitados.

“Apelamos à generosidade de todas as pessoas para podermos aliviar o sofrimento das pessoas que padecem, neste caso, das crianças que se encontram a ser vítimas de pobreza extrema”, exortou o bispo de Angra.

JCP



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