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Quaresma: Bispo de Vila Real pede atenção aos pobres de cada comunidade

Agência Ecclesia
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Sé de Vila Real
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Diocese vai também ajudar projeto para crianças na Guiné-Bissau

Vila Real, 18 fev 2015 (Ecclesia) - O bispo de Vila Real desafiou os católicos da diocese a olharem com particular atenção para os mais pobres durante a Quaresma, que hoje se inicia.

“O amor a Deus, amor supremo e fonte de vida e verdade, para ser autêntico, obriga ao amor ao próximo, à busca da verdade e ao empenho, pela vida e pela dignidade de todos e cada um dos seres humanos, sobretudo dos mais necessitados”, escreve D. Amândio Tomás, na sua mensagem para este tempo litúrgico.

O prelado revela que a tradicional renúncia quaresmal vai este ano destinar-se, em parte, aos “pobres de cada uma das Conferências de São Vicente de Paulo”, na Diocese de Vila Real.

“Que Deus nos ajude a dar com generosidade, dando do pouco que nos sobra, para ultrapassar a crise, cientes de que o bem não se faz sem benfeitores, sem obras, sem misericórdia e abertura de coração”, refere D. Amândio Tomás.

O bispo destinou ainda “uma fatia igual do dinheiro recolhido” para as crianças da Guiné-Bissau que são apoiadas pela Fundação Fé e Cooperação, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa que em 2015 celebra o seu 25.º aniversário.

“É uma forma de nos mostrarmos solidários com os pobres que estão perto e com os que estão longe, pois todos são filhos de Deus”, precisa.

A mensagem alude a acontecimentos “lesivos da vida e dignidade humana” antes de deixar um pedido de diálogo “às pessoas de todos os credos”, em favor de um “mundo novo, onde as pessoas gozem de direitos e deveres” e se respeitem as “minorias”.

“Há que declarar a morte ao ódio, ao desprezo, à retaliação e à guerra. Não é lícito ferir, matar, ofender e fazer o mal, em nome de Deus, supremo bem, verdade e beleza”, acrescenta D. Amândio Tomás.

A Quaresma, que se inicia hoje com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

OC



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