Nacional

Relíquias de Alexandrina de Balasar na Sé de Braga

Luís Filipe Santos
...

As relíquias de Alexandrina Maria da Costa, beatificada este ano por João Paulo II, em Roma, estão expostas desde o dia 1 de Novembro para veneração numa das capelas dos claustros da Sé de Braga. Até agora só havia relíquias na igreja de Balasar, onde Alexandrina está sepultada, e no Vaticano. O relicário, colocado junto ao altar-mor da catedral, foi transportado em procissão para a capela das relíquias no final da missa da festa de Todos os Santos, presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, que anunciou a realização de um congresso teológico, em Outubro de 2005, sobre a vida e obra de Alexandrina de Balasar. Foi uma “mulher mística” porque “viveu em permanente intimidade com Deus” e “eucarística” - referiu o Arcebispo Primaz na homilia, resumindo a vida da beata Alexandrina de Balasar. «Ainda hoje os teólogos se admiram com o que ela escreveu e ditou», afirmou o prelado, justificando a realização daquela iniciativa. D. Jorge Ortiga recordou que Alexandrina Maria da Costa, que faleceu em 13 de Outubro de 1955, passou os últimos treze anos alimentando-se apenas da hóstia consagrada (Comunhão) que lhe era levada por um sacerdote. Evocou este facto, confirmado por médicos, para afirmar que a Eucaristia deve marcar a vida de todos os cristãos. «É impossível ser cristão, hoje, sem este alimento», sinal da «presença de Deus no meio de nós», disse o Arcebispo Primaz. Recordou que a Arquidiocese de Braga está a viver um ano vocacional e também, este por proposta do Papa João Paulo II, um ano eucarístico. «Graças a Deus — afirmou D. Jorge Ortiga —, ainda temos muitas eucaristias e muitas igrejas com adoração eucarística», mas «falta que sejam mais frequentadas» e «melhor celebradas e vividas». Só assim a Eucaristia, da qual nasce a Igreja — como explicou recentemente o Santo Padre numa encíclica —, terá implicações na «vida pessoal, profissional e eclesial» de quem se diz cristão.


Alexandrina de Balasar