O Presidente da República acaba de convocar um novo referendo sobre o aborto. É mais um debate que envolve valores e situações humanas - muitas delas dolorosas.
Nos seus espaços informativos, a Renascença actuará com a objectividade própria dos meios de comunicação social. Saberá, por isso, ouvindo as diversas partes, distinguir factos e propaganda; notícia e opinião.
No que à posição da Renascença diz respeito, não podem, no entanto, restar dúvidas: a Renascença situa-se inequivocamente do lado da vida e do “Não”, perante a pergunta posta a sufrágio.
Afirmamos que «o ser humano deve ser respeitado, como pessoa, desde o primeiro instante da sua existência».
O primeiro direito de uma pessoa humana é a sua própria vida. E se é verdade que ela tem outros bens, o direito à vida é fundamental e é condição dos demais.
O direito à vida não deriva do seu reconhecimento por quem quer que seja: existe antes de ser reconhecido e é absolutamente injusto ofendê-lo e recusá-lo!
Assumimos a clareza destes princípios: o novo referendo é mais uma tentativa num caminho que – não tenhamos dúvidas – muitos querem que termine apenas na liberalização total.
Na nossa opinião, não é deste modo que se resolvem problemas de ordem jurídica, social, económica ou psicológica que a todos preocupam…
Porque os males combatem-se nas suas causas -- sem demissões culpáveis dos que têm de educar, de escolher a paternidade e a maternidade responsáveis e de proporcionar dignas condições de vida a todas as famílias.
O aborto livre nunca é solução, para nenhum destes males - só os agrava, nunca os resolve.