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Respostas para a pobreza passam por novos modelos económicos

Octávio Carmo
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D. Carlos Azevedo indica prioridades apontadas pelo Conselho da Pastoral Social

As respostas para a pobreza passam por novos modelos económicos, defende D. Carlos Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social (CEPS).

Em declarações à Agência ECCLESIA, após um encontro com o Conselho da Pastoral Social - instituições acompanhadas pela CEPS que actuam no sector sociocaritativo -, o Bispo auxiliar de Lisboa falou na necessidade de “criar modos muito profundos de atender” às situações de pobreza, indo ao terreno, evitando “mentalidades muito simplistas” na abordagem do fenómeno.

Além de ajudar no imediato, o presidente da CEPS diz que é urgente “reflectir nas estruturas, porque só mudando as estruturas actuais da economia e tendo outra concepção, de economia social e de comunhão, podemos alterar este processo que tem continuado a gerar novos pobres”.

D. Carlos Azevedo pede o fim da “desigualdade entre os salários de gestores e dos trabalhadores”, afirmando que “não se justifica que seja deste modo” e que este é um dos princípios que tem de ser “posto em causa”.

Este responsável lembrou ainda que, na luta contra a pobreza, “muitas vezes os mecanismos da organização absorvem parte substancial das verbas”, defendendo que “na Igreja isso não poder ser e não é assim”.

Em cima da mesa esteve ainda a preparação do encontro de Bento XVI com os membros de organizações da Pastoral Social, que irá decorrer na tarde de 13 de Maio, na igreja da Santíssima Trindade, Fátima.

“Felizmente, são muitas as instituições sociais”, lembrou D. Carlos Azevedo.

A própria Santa Sé deixou indicações para que “haja uma representação, não só das instituições católicas, mas também das que estão no terreno ligadas a outras religiões e mesmo as ONG’s mais significativas”.

Haiti

Em relação à “catástrofe incrível” que afectou o Haiti, o presidente da CEPS lembrou que há uma campanha centralizada na Cáritas Portuguesa, para a recolha de fundos, tendo em vista tanto a ajuda imediata como os esforços de reconstrução.

“Esta sensibilização em momentos mais graves é habitual em Portugal. Encontrarmos modos mais duradouros de resolver e atender às situações exige mesmo decisões mais profundas, não basta uma ajuda momentânea”, declara.



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