Finalistas da Secundária de Amarante em Missa de Bênção
Centena e meia de finalistas do 12º ano, da Escola Secundária de Amarante, quiseram integrar, sob proposta do Grupo de EMRC, no seu programa de festa de final de Curso, a participação na Missa da Bênção das Faixas.
Os finalistas começaram por se concentrarem no Largo de São Gonçalo, dando um colorido de juventude numa manifestação de alegria, que antecipou o espírito da Romaria a São Gonçalo. Com eles, os pais, muitos familiares e professores, que os receberam, em verdadeiro clima de entusiasmo e de saudável orgulho.
A celebração, presidida pelo Pároco de São Gonçalo, começou com um verdadeiro Rito de acolhimento e de saudação, em que os alunos foram convocados, por uma espécie de pregão de esperança: “Abram-lhes alas,/ deixem-nos passar. / Porque são a aposta no porvir,/ Abrem asas, deixem-nos voar. /Lábios abertos, deixem-nos sorrir!/”.
Depois da Saudação Litúrgica inicial, os finalistas, trajados a rigor, foram chamados a acenar a sua presença, a quando da evocação da respectiva cor de curso e do seu mote. Só, como exemplo: “Agitam o azul-bebé. É a cor dos que cuidam com ternura e guardam com firmeza o mistério da vida, presente em cada criatura, que há debaixo dos céus e na terra” (Curso Científico-Natural). No final o repto era lançado a todos: “Estes são a luz das claras madrugadas; / são a raiz, são flor, a verde esperança. / São um mundo novo de mãos dadas; Lagos de sonho, em olhos de confiança”!
A Liturgia da Palavra do IX Domingo Comum, prestava-se a desafiar os presentes a construir a vida sobre sólido fundamento. Aos jovens, que, durante toda a celebração deram sinais de grande atenção e concentração, de muito interesse e de elevada participação, o Presidente exortou-os vivamente, com estas palavras: “entre as confusas e difusas propostas do mundo das ideias e das ideias deste mundo, acolhei e escolhei, seguir de bom grado, a Palavra de Deus, os seus mandamentos, que são claros, alegram o coração e dão sabedoria aos simples! Assentai o vosso projecto de vida, sobre a rocha segura que é Jesus Cristo e a sua Palavra. NEle, Homem novo, está a medida alta do Projecto Homem, a rocha segura, sobre a qual a vida humana se edifica e crescerá até à plenitude”. Procedeu-se, depois da Homilia, à Bênção das Faixas. E o Monitor lembrava o sentido daquele gesto: “nesta celebração, estamos a dar graças a Deus, pelo bom êxito dos vossos cursos. E, ao mesmo tempo, invocamos a bênção divina, para a grande tarefa e responsabilidade que ides enfrentar, a fim de que possais corresponder ao grande desafio da vossa vida: contribuir eficazmente para que se aperfeiçoem a vida e a cultura na sociedade, de modo que, por vosso intermédio, a voz da ciência, se encontre com a luz da fé e se assim se realize em plenitude o bem-estar da família humana, segundo o projecto de Deus”! A aspersão era acompanhado pelo Cânone “Se o Senhor não edifica a casa, em vão trabalham os que a constroem”. Os finalistas acolhiam com benevolência o rito da aspersão e agitavam com alegria as suas faixas.
No final da Comunhão, como sinal de amizade e gratuidade, os Professores entregaram aos alunos e aos pais um “cravo” de São Gonçalo. Foi lembrado que «estes cravos tinham sido colocados no túmulo de São Gonçalo, oferecidos por fiéis que perceberam que, na construção da sua vida, precisavam da ajuda do alto». Deste modo, se exprimia o voto de que estes alunos, por onde quer que partam, sintam a proximidade do patrono de Amarante, como referência de fé e de cultura. Benzidas também as rosas com seus espinhos, que os finalistas haviam de oferecer aos pais, no Largo de São Gonçalo, como sinal de gratidão.
Mereceram aplauso, de ambas as partes, a parceria entre a Escola Secundária e a Paróquia de São Gonçalo, que mais uma vez se uniram para dar à Festa dos Finalistas, um sentido cristão, pois trata-se de um momento fundamental e decisivo da vida dos jovens, que precisa de ser celebrado e vivido, para lá dos confins da justa convivialidade e da natural diversão do jantar e do Baile de Finalistas, que teria lugar à noite nas instalações da Escola. O Director da Escola, Engenheiro Sampaio, aproveitou o momento do jantar, para enaltecer o papel da Escola na Educação dos Alunos e a mais-valia moral e cultural que a Igreja representa e é capaz de dar, quer na vida dos alunos, quer em acontecimentos desta natureza. Foi toda a Escola que se “engalanou” de festa, com especial empenho de professores, para uma hora de tributo, de partida e de esperança.
Eis um momento feliz, que ficou ainda assinalado com a publicação de um livro de Curso dos Finalistas de 2004-2005, cujo design criativo se deve a Júlio Cunha, professor desta Escola. Para a Escola foi um dia grande. E para a Igreja, uma hora feliz, numa espécie de pórtico de entrada para a Romaria a São Gonçalo que se avizinha.