Nacional

Rota Marítima para Santiago oficial a partir de 2010

Paulo Gomes
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O presidente da Região de Turismo do Alto Minho espera que em 2010 estejam criadas, finalmente, as condições para que a Rota Marítima do Caminho de Santiago seja reconhecida como uma outra modalidade de peregrinação. Francisco Sampaio, que falava na chegada das duas embarcações que transportam cerca de meia centena de pessoas, portugueses e espanhóis, a Viana do Castelo, diz que será «cumprir um velho sonho» que está «muito bem documentado historicamente» nomeadamente a viagem do geógrafo árabe do século XII, Edrici. Os veleiros Nauja e Zorba estão a fazer essa mesma rota, 30 milhas diárias, partiram da Figueira da Foz (no original era de Montemor-o-Velho, mas o assoreamento do Mondego impede), partem hoje de Viana e chegam à Catedral precisamente no "Dia do Apóstolo", a 25, Festa Litúrgica de S. Tiago. Segundo Sampaio, na obtenção do reconhecimento oficial da "Oficina do Peregrino" da rota marítima, está a saída de Montemor-o-Velho (local onde os peregrinos receberam a bênção), que deverá ser uma etapa feita a pé ou em pequenos barcos, e a última, de Vila Garcia de Arousa à Catedral em que se coloca o mesmo problema. Contudo, Sampaio diz ter encontrado bom acolhimento da proposta junto do responsável religioso pelas peregrinações e acredita que, depois deste ano zero, os vindouros servirão para consolidar o percurso, até porque a náutica está hoje a ter um reconhecimento e suscitar uma forte apetência do ponto de vista turístico. João Zamith, o rosto da organização deste raid marítimo, disse ao Diário do Minho que «as coisas estão a correr de feição e que o ambiente que se tem vindo a estabelecer entre os participantes é fantástico». Tenho a certeza que depois destes oito dias de vida comum a bordo, estas pessoas nunca mais vão deixar de ser amigas». As condições de navegabilidade têm sido boas, navegando-se sempre que possível à vela, tendo sido «assegurada uma margem de segurança que vai permitir cumprir o raid dentro dos prazos previstos», garante João Zamith. Outro factor que este responsável destaca é o bom acolhimento que tem recebido esta peregrinação em todos os portos ou marinas onde os veleiros têm atracado.


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